Testemunho de Vida – Orionita

Testemunho de Vida – Orionita

 

 

“…Na medida em que vamos conhecendo, aprendemos a amar  cada vez mais…”

 

De fato, na medida em vamos conhecendo, aproximando, convivendo, fazendo-se caminho de vida, de lutas, sonhos, ideais e projetos com alguém, ou em nome de alguém que de fato, viveu, amou e abraçou a cruz, e soube dar uma resposta a partir do Evangelho a uma determinada situação, é natural que passamos a ama-lo cada vez mais, com mais intensidade e vivacidade.

E eu, vivendo a minha primeira experiência sacerdotal de celebrar, confessar e ajudar o povo de Deus a viver a Semana Santa em Tortona, no Norte da Itália, berço da Congregação da Pequena Obra da Divina Providência, cidade tipicamente orionita, respira e vive Dom Orione, nas ruas, praças, igrejas, santuário, obras, e principalmente na vida e memória das pessoas que são testemunhas do ardor apostólico e caritativo de Dom Orione, que mais do que nunca continua vivo, atual, encantando crianças, jovens e adultos, pois, é um Santo de nossa época, como ele muito bem nos recorda;

“Quando o povo parecer afastado para sempre de Deus, eis que despertará um homem forte, que compreenderá que só Cristo é a sua vida e a sua felicidade, e com voz forte e angustiada invocará o Senhor, o Deus da misericórdia. Bastará então elevar o Crucifixo, que o povo cairá a seus pés, para ressurgir com uma vida mais elevada. Pois, se até os altares forem revirados, e as pedras vivas do Santuário dispersas, de modo que reste sobre as ruínas um pedaço dAquele que nós adoramos ou uma franja do manto de Maria, será o bastante, ó irmãos, isso será o bastante!” (Dom Orione).

Ao longo da Semana Santa, tive a graça de conhecer confrades, co-irmãs que conheceram, viveram, participaram de Missas celebradas por Dom Orione, e eles partilhando essa parte de nossa história, deram verdadeiro testemunho de que Dom  Orione, era de fato um homem da caridade, de profunda confiança na Divina Providencia, um desbravador do Evangelho, homem de baixa estatura, mas de um coração magnânimo, sem fronteiras, movido pela esperança e o desejo de trazer todos para Cristo, a Igreja e ao Papa, principalmente os pobres, pequenos e renegados pela sociedade. Padre Del Fabro,sacerdote italiano hoje com 92 anos e que recebeu das mãos de Dom Orione a batina diz; “…Eu vi Dom Orione, muitas vezes amanhecer aos pés do sacrário, na Capela da Casa Madre, era veramente um homem da Eucaristia e de Maria…” Percebemos que era um verdadeiro semeador do amor, da caridade, da acolhida e da vida.

E assim, dizia Dom Orione; “Pois o futuro pertence a Cristo Ressuscitado, ao Rei invencível! Cristo é o Verbo Divino que regenera: é o caminho de toda e qualquer grandeza moral; é a vida de qualquer liberdade! Cristo é a fonte de amor e de paz de onde todo coração deve esperar conforto: é a luz da qual todo povo pode esperar incremento. Parece-me que o vejo avançar ao ouvir o grito angustiado dos povos. Eis que ele vem carregando a Igreja em seu coração e, em suas mãos, as lágrimas e o sangue dos pobres: a causa dos humildes, dos aflitos, dos oprimidos, das viúvas, dos órfãos e dos rejeitados”.

Outro belo testemunho de vida; Irmã Albina, hoje com 97 anos, (sacramentina-não vidente), ela recebeu o nome e o hábito das mãos de Dom Orione, ela diz; “…Naquela época todos já falavam era um homem santo, trabalhou sem medidas pelas vocações, principalmente dos jovens pobres, não mediu esforços para construir o Santuário, dedicado a Nossa Senhora da Guarda, sempre tinha um tempinho para as pessoas, fez-se tudo para todos, essas ruas da cidade Tortona  são santas e testemunhas que Dom Orione, era o louco da caridade…”

Portanto, a nós Orionitas filhos e filhas cabe a missão de fazer ecoar em todos os rincões a chama da caridade deixada como herança para nós, aos leigos que abraçam essa chama da caridade sem fronteiras, chegam para somar, multiplicar o bem, partilhar o amor, alimentar-se do carismo Orionino.  O nosso pai fundador nos pede que; “Elevar o povo, atenuar suas dores, curá-lo. O povo é o que nos deve interessar. A Obra da Divina Providência é para o povo. Vamos ao povo. É preciso acordar. É preciso evitar as palavras: de palavras, temos os bolsos cheios; será taumaturgo o fato de reconduzir as turbas à fé dos antepassados, de reconduzi-las ao Pai, à Igreja; um trabalho popular”. Ave Maria e Avante! Coragem para amar, coragem para saber edificar, sabedoria para saber ler os sinais dos tempos hoje.

 

Pe. Osvaldir Ribeiro Mendes

Religioso Orionita:

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