Padre Osvaldir, um orionita autêntico do nosso tempo.

Padre Osvaldir, um orionita autêntico do nosso tempo.

 

Padre Osvaldir, um orionita autêntico do nosso tempo.

 

Depois de mais de uma década servindo a congregação no Brasil, o jovem padre Osvaldir, ordenado sacerdote a pouco mais de um mês, já está na cidade eterna, onde deverá estudar por 6 meses. Figura largamente conhecida na província orionita de Nossa Senhora da Anunciação, o padre Osvaldir já fez de tudo um pouco: trabalhou na formação em Gurarapes-SP, foi um dos confrades que abriu a missão de Dourados-MS e nos últimos quatro anos, enquanto estudava teologia em São Paulo, trabalhou (e trabalhou muito!) no Pequeno Cotolengo Paulista, instituição que acolhe mais de uma centena de crianças, jovens e adultos com deficiências múltiplas ao mesmo tempo em que era Reitor de um seminário de vocações adultas. E assim mesmo, fazendo o trabalho de três, que o Padre Osvaldir conquistou muita gente, agregou qualidade e testemunho na paróquia de Santo Antonio da Granja Viana, foi presença constante em meio aos jovens e muitas outras coisas. No Cotolengo, era comum que muitas crianças o chamassem carinhosamente de “Pai”. Quem conhece o padre Osvaldir sabe que ele nunca se cansa. Sua presença um tanto quanto “franzina”, correndo pra cima e pra baixo o dia todo, sempre disponível e alegre, vai fazer falta entre os orionitas brasileiros. Mas, sorte dos italianos que o terão por lá. Que a troca de experiências seja frutífera para ambos os lados. Padre Osvaldir, antes de viajar, nos concedeu a entrevista que segue.

 

PORTAL ORIONITAS. Você entrou no seminário já adulto. Qual foi a motivação que o levou à vida religiosa?

Padre Osvaldir: Sim, entrei já adulto, após o curso do Magistério e Pedagogia.  Ou seja, já durante a minha adolescência e juventude percebi certos sinais de vocação em mim, gosto pela Igreja, trabalhar com o povo de Deus. Sendo, depois disso, catequista, ministro da eucaristia, coordenador de Pastoral e líder juvenil, pude, de fato, sentir o quanto Deus me amava, e me chamava para algo diferente, mas relutei devido ser o filho mais velho, e ter como missão também ajudar minha mãe no sustento de minha família e a cuidar de meus irmãos mais novos. Mas mesmo assim fui cultivando o dom do chamado, não deixando de me colocar sempre nas mãos e no coração de Deus o meu desejo em me consagrar a Deus, para servi-lo na pessoa do outro, meu irmão que devo acolher por causa do Evangelho que abracei e da cruz de assumi. Ser religioso para mim, portanto, é um revestir-se de Cristo. E hoje na Vida Religiosa, na Família Orionita, procuro viver esse ideal de vida.

 

O Pequeno Cotolengo marcou profundamente sua vida. Dentre os quatro anos em que você trabalhou lá, que fato você destacaria como uma legítima experiência de Deus através do carisma de São Luis Orione?

Padre Osvaldir: Para mim, a experiência de quatro anos no Pequeno Cotolengo de Cotia me modelou, me fez mais humano, sentindo a dor do outro, do pequeno, do renegado pela família e pela sociedade. Nesses anos de obra, pude sentir de fato o carisma orionita, no rosto de cada morador, no sorriso e na força de vontade de viver de cada um. As idas aos hospitais, nos momentos de celebrações da Missa, das exéquias, festas dos aniversariantes, também na tradicional Festa da Amizade, ajudar a dar um banho, alimentação, ou até mesmo empurrar um cadeirante… tudo isso norteou a minha vida nesses quatro anos na cidade da caridade, onde procurei ser uma luz na vida de cada um. Hoje posso dizer que essa experiência do Evangelho na prática muito me ajuda no meu ministério sacerdotal.

 

Como formador de jovens e adultos que desejam ingressar na vida religiosa, qual o maior desafio que você enfrentou? Os jovens hoje têm que anseios e expectativas com relação à igreja?

Padre Osvaldir: Quando falo em Pequeno Cotolengo, quero ressaltar também que nesses quatro anos como formador, primeiro na Casa Amarela e depois no Seminário Dom Orione, casa de formação junto à obra do Pequeno Cotolengo, para jovens que almejam a Vida Religiosa, como projeto de vida, ideal de santidade, sempre digo, a experiência no Cotolengo é para a vida, em todas as suas dimensões. Sabemos que o jovem de hoje gosta de desafios, de se lançar, não tem medo, ele é ousado. É necessário saber como me doar por uma causa que realmente valha a pena, o que de fato devo deixar, pois quando renunciamos a partir de Cristo, não nos arrependemos, pois Ele nos garante uma vida eterna. Vejo que muitos jovens precisam ser esclarecidos e bem orientados sobre a questão vocacional, devemos ser uma Igreja a serviço do amor, alimentada numa esperança que promova sempre a vida. E essa esperança esta nas mãos dos jovens corajosos e capazes de serem protagonistas do Evangelho.

 

São Luis Orione é um santo recente. Que aspectos de Dom Orione você acredita serem importantes para uma espiritualidade encarnada no contexto brasileiro?

Padre Osvaldir: Creio que São Luís Orione está mais vivo do que nunca, na vida de muitos confrades e co-irmãs, nas obras orionitas espalhadas no mundo, na vida e missão de muitos leigos que assumem com dedicação a Espiritualidade Orionita, o amor ao pobres, ao papa, carinho maternal com Maria, zelo pelas vocações, pelos jovens etc. Precisamos de ousadia na vivência do Evangelho, ler os sinais dos tempos, como fez Dom Orione, nas origens da Congregação, sair de nossas patagônias e ir além mar, descortinando novas fronteiras, semeando o carisma Orionita.

 

Quais suas expectativas com relação ao seu estudo na Itália? E que lugar em especial você deseja conhecer?

Padre Osvaldir: Bom, em primeiro lugar sou grato ao bom Deus, pelo dom de minha vocação, minha familia biológica e também à Congregação Orionita, que acolheu, investiu, apoiou e acreditou no meu chamado vocacional e hoje me envia à Itália para realizar um curso de Formação por um período de 06 meses. Sinto-me feliz, realizado, espero poder dar o melhor de mim, nos trabalhos que a mim forem confiados. Como filho de Dom Orione, conhecer os lugares por onde ele passou e onde hoje se encontra o seu corpo, visitar o Vaticano etc.

 

Que mensagem você gostaria de deixar para nossos amigos do site?

Padre Osvaldir: Aos amigos, do Site, digo que a evangelização hoje passa também pelos meios de comunicação. Quando bem aplicada é uma ferramenta a mais. Desejo que essa partilha de vida possa servir de motivação e encorajamento na escolha vocacional dos jovens. Não tenham medo de lançar-se pela causa do Evangelho. Sejam ousados. Ao Portal Orionita e à equipe responsável, parabéns pelo trabalho, dedicação e esforço, sendo assim, fica mais fácil conhecer São Luis Orione, um desbravador da caridade de nosso tempo. 

 

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