Mais que alimento, amor ao próximo faz grande diferença no Cotolengo de Dom Orione.

Mais que alimento, amor ao próximo faz grande diferença no Cotolengo de Dom Orione.

Mais que alimento, amor ao próximo faz grande diferença!

 

 Mais que o alimento, a contribuição financeira e o remédio doados, eles apreciam carinho, dedicação, paciência e amor ao próximo. Olhos e sorrisos se abrem quando percebem visitantes. Se sentem queridos. É o voluntariado quem apoia diretamente cerca de 30 pacientes vítimas de paralisia cerebral, com idades entre cinco e 27 anos, atualmente internados no Cotolengo Orionópolis Sul-Mato-Grossense, no bairro Mata do Jacinto. Não há limite de idade para o atendimento.

“Felizmente temos gente dedicada a essa causa”, diz a coordenadora-geral do centro-dia do Cotolengo, Nathalya Zampieri. Além dos voluntários, ela destaca ainda o trabalho do telemarketing, que “arrebanha” benfeitores e chega a angariar R$ 300 por dia.

 Formas de voluntariado

No Cotolengo, atualmente dez crianças recebem alimentação por sonda. Há pouco tempo uma família de Aquidauana se mudou para Campo Grande, a fim de acompanhar de perto o atendimento ao filho. Essa instituição acolhe crianças com deficiência, portadoras de necessidades especiais, sem outro lugar para ficar. Funciona em regime de internato e semi–internato. Na porta de entrada os repórteres encontram a empresária Irani Calvila, que planeja com a direção um desfile de roupas cuja renda será revertida para a instituição.

Segundo Nathalya, a instituição conta com dois tipos de trabalho voluntário. “O praticado pelos que comparecem e participam da rotina de atendimento e os que trabalham em eventos.” A casa tem atualmente 15 atendentes diretos e 30 voluntários para dar banho nas crianças, alimentá-las, levá-las à varanda e compartilhar outras atividades, entre as quais costura, limpeza da cozinha e outras dependências. Já houve apresentações de balé, música e de grupos de animação.

O cumprimento de sentenças judiciais também funciona como fator de auxílio à entidade. Condenados a penas alternativas são apresentados regularmente à direção, conhecem e recebem a escala do tempo de trabalho semanal e do período em que permanecerão nesse tipo de voluntariado. A direção controla as tarefas de cada um.

Adotada pela casa, a enfermagem humanizada atende às necessidades biológicas, psicológicas, sociais e espirituais dos pacientes. Ou seja, no Cotolengo cada um deve ser compreendido e aceito como um ser único e integral com necessidades e expectativas particulares.

“Nossa equipe multidisciplinar sabe que a maioria dos que aqui estão são filhos de famílias carentes”, explica a coordenadora. “Por isso, eles recebem todo o necessário para uma vida mais digna, remédios, tratamentos e possibilidade de reabilitação e reintegração à família e à sociedade. É uma obra muito grande”, acrescentou.

Necessidades

A fisioterapia é um dos pontos nevrálgicos do atendimento. Não requer apenas o profissional, mas sempre uma pessoa a mais para que os exercícios sejam bem eficazes. O Cotolengo necessita atualmente produtos de higiene, fraldas geriátricas, luvas de procedimento, equipos e frascos de nutrição interal, fibras grossas e finas – estas lhes facilitam mastigar e engolir.

“Cerca de 70% do que é consumido aqui provêm de doações, o restante chega por meio de convênios”, explica Nathalya Zampieri. Dois carros da Secretaria Municipal de Saúde buscam os semi-internos em casa e os leva de volta à tarde. No momento, o transporte é uma das prioridades a serem melhoradas, porque nem sempre os carros estão em perfeitas condições de uso.

 

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