Lembranças da história orionita em Siderópolis-SC

Lembranças da história orionita em Siderópolis-SC

Lembranças da história orionita em Siderópolis-SC

SIDERÓPOLIS. Os paroquianos que residem na cidade de Siderópolis tem um privilégio que muitas paróquias gostariam de ter: uma mulher centenária, simpática, que tem uma conversa boa e conhece bem a história e a estória religiosa dessa cidade. Pois bem, numa quarta-feira eu fui conhecer essa pessoa, irmã na fé, a senhora Clélia Bicca de Oliveira, que tem 101 anos. Clélia nasceu em São Gerônimo-RS, no ano de 1910 e teve cinco filhos. Com seus traços “europeus” de Portugal, ela veio morar nesta cidade “Nova Belluno” no ano de 1955, onde foi bem acolhida pelos imigrantes italianos que aqui viviam.

Seu pai Quintino Gomes de Oliveira foi um dos fundadores da igreja matriz Nossa Senhora Aparecida. Ele foi fundador no sentido literal mesmo, isto é, ajudou a fazer o alicerce daquela que se tornou a nova igreja. (Aliás, hoje essa igreja é a segunda maior da diocese). Assim, pude perceber que tudo na vida de Clélia fala de fé e vida. Sua residência atual foi o primeiro seminário orionita. Eu conheci cada cômodo e com sua explicação fui imaginando como era aquela casa repleta de seminaristas, padres….ela ainda acrescentou que faltava quase tudo no seminário, mas a generosidade do povo satisfaziam aqueles que seriam os futuros padres da Igreja e do carisma orionita. Clélia disse que depois que o seminário mudou-se para o endereço fixo, atrás da igreja, a casa tornou-se, por pouco tempo, uma venda e depois disso ela adquiriu esse imóvel. Entretanto, mesmo sendo sua residência, os padres sempre participavam de sua vida indo a sua casa para dar bênçãos, levar a Sagrada Eucaristia, para tomar café da manhã, almoçar, entre outras refeições.

Ademais, Clélia destacou Pe. Pedro Pellanda, Pe. Domingos Sanguin e Pe. Patarello. Quando ela comentou sobre esses padres, seus olhos brilhavam de emoção e saudades de um tempo que se vivenciava a verdadeira amizade unida pela fé. Ela terminou a breve conversa dizendo: “gosto de notícias boas, não olho para as coisas ruins da vida. Leio muito e isso me faz ocupar o tempo e feliz”. Assim me despedi juntamente com seu filho Flávio e da sua cuidadora, com desejos de logo retornar, porque, como eu disse no início, sua simpatia e conversa saudável atrai qualquer um que saiba valorizar uma anciã que ama Jesus, amou e ama seus padres e continua a amar sua Igreja.

Padre José Luiz Sauer, pároco

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