Igreja de Santo Antônio, 292 anos: um tesouro de Minas confiado aos orionitas

Igreja de Santo Antônio, 292 anos: um tesouro de Minas confiado aos orionitas

Igreja de Santo Antônio, 292 anos: um tesouro de Minas entregue aos orionitas há 68 anos

 

É bom fazer memória de nossas comunidades. Nossos pioneiros plantaram a semente e hoje colhemos os frutos. Na série de memórias das comunidades orionitas, iniciamos recordando da Paróquia de Santo Antônio, em Ouro Branco – MG:

 

História e Religiosidade

16 de fevereiro de 1724: Data de criação da Paróquia Santo Antônio e da freguesia de Santo Antônio do Ouro Branco. No final do século XVII, a descoberta de ouro na região por Miguel Garcia deu início à povoação ao pé da serra do Deus-ti-livre. Com o desenvolvimento da região, no dia 24 de fevereiro de 1724, por decreto da Rainha Maria I e no governo de Lourenço de Almeida, elevou o povoado à freguesia de Minas Gerais . Na mesma data elevou a capela local em Paroquia de Santo Antônio. A construção da Igreja se deu provavelmente antes de 1717 ate 1779 com sua conclusão. O teto da nave principal é de autoria do Mestre Ataíde. 

Ao longo destes anos, Ouro Branco vem se destacando por sua importância histórica. No período com a Inconfidência Mineira teve seu ilustre colaborador Conego Luis Vieira da Silva, ourobranquense que atuou ativamente na revolta contra a colônia. A importância da cobrança do quinto do ouro na Fazenda Carreiras e pouso de tropas em varias estalagens neste período,  deu destaque ao desenvolvimento econômico local. A agricultura, pecuária e equino também tiveram destaque neste período. Com a decadência do ouro, passou-se para o ciclo da uva e posterirmente o da batata. A Fazenda Pé do Morro chegou a ser sede da primeira fabrica de vinho do estado. A batata teve o seu destaque e chegou a ser uma das maiores produtoras do pais. Atualmente a cidade depende basicamente da indústria de transformação de minérios em aço. A siderurgia trouxe um novo ciclo de desenvolvimento para nossa cidade no inicio dos anos 70, e o seu Complexo  é o maior do estado. Atualmente também se destaca o Campus Alto Paraopeba da UFSJ tornando Ouro Branco uma cidade universitária. O ilustre Dr. Jose Bernadino, ourobranquense, responsável pela emancipação e implantação da Aço Minas Gerais, diz em seu hino que homenageia a cidade:
“Teu passado e teu presente se irmanam e se enlaçam, ainda, com os anos do porvir … És pequeno, mas contudo, te ufana de modelo para Pátria hás de um dia servir!”

Presença dos Orionitas 

Em 1948 assumimos a direção da paróquia de Santo Antônio, em Ouro Branco – MG. Nossa presença no Seminário de Miguel Burnier desde 1945 e o bom relacionamento com Dom Helvécio, na época arcebispo de Mariana MG, fez com que ele nos fizesse o pedido para assumir a direção da Paróquia de Santo Antônio, em Ouro Branco MG. Foi-nos oferecido também um terreno de 53 hectares, ao pé da serra, para abrir uma escola agrícola e para ajudar na manutenção do seminário de Miguel Burnier.

Em abril de 1948, Dom Carlo Pensa, então diretor geral, foi a Ouro Branco e ficou tão admirado com a recepção calorosa que o povo lhe fez que aceitou imediatamente.

No dia 31 de julho de 1948, Pe. Reno Malfatti com seis seminaristas de Miguel Burnier iniciaram o Patronato Agrícola Dom Orione, adaptaram uma casinha já existente e começaram a preparar a terra para a lavoura.

Dia 22 de outubro de 1948, Pe. Reno Malfatti tomou posse como pároco da Paróquia Santo Antônio, única existente em Ouro Branco até esta data.

Em janeiro de 1949 Pe. Valentim Zuliani assumiu a Paróquia e Pe. Reno foi transferido para o Lar dos Meninos Dom Orione em Belo Horizonte. A posse oficial do Pe. Valentim foi no dia 01 de julho de 1949.

Foi adquirido mais um terreno de 92 hectares em setembro de 1949. Construiu-se também uma pequena Olaria para a produção de tijolos.

Em fevereiro de 1951, Dom Daniel Baeta Neves, bispo auxiliar, benzeu a Pedra Fundamental do Patronato. Neste momento tinham 21 órfãos. Em dezembro de 1956 foi demolida a construção antiga junto à casa paroquial e deu-se início à construção do Patronato Agrícola. Em 1966 teve início, com o Ir. Fábio de Carvalho, o Eremitério na Chácara. A Açominas, em 1978, desapropriou boa parte de nosso terreno na Chácara. Ficaram apenas 20 hectares ao pé da Serra.

Os párocos orionitas na Paróquia foram: Pe. Reno Malfatti, Pe. Valentim Zuliani, Pe. João Del Fabro, Pe. Gustavo Degiampietro, Pe. Pedro Lopes, Pe. Vicente Jacob, Pe. Domingos Sanguim, Pe. Nelson Gomes Machado, Pe. Gilmar Luppi, Pe. Otávio Marques Ferreira, Pe. Paulo César Magalhães, Pe. Luiz Carlos da Cruz, Pe. Pedro Custódio Filho, Pe. Ilídio Pinto Neto e atualmente Pe. José Gilvan Nascimento Silva.

PARABÉNS À PAROQUIA SANTO ANTONIO E A OURO BRANCO PELOS SEUS 292 ANOS DE HISTORIA E RELIGIOSIDADE!!!!

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