DOM GASPAR GOGGI: “O PRIMEIRO FILHO DA DIVINA PROVIDÊNCIA”

DOM GASPAR GOGGI: “O PRIMEIRO FILHO DA DIVINA PROVIDÊNCIA”

O dia 4 de agosto nos traz a memória do nosso Servo de Deus Dom Gaspar Goggi, pois neste dia ele terminou sua curta e santa vida. Pe. Goggi nasceu em Pozzolo Formigaro (Alexandria), em 6 de janeiro de 1877. Na família dos agricultores ativos foi criado, desde pequeno, para a oração, para a generosidade, para a honestidade, para amar a Deus, ao seu próximo e à Igreja. Muito jovem, tinha 15 anos, conheceu o então Pe. Luís Orione, em Tortona, e entre eles nasceram uma santa amizade e grandes projetos. Inteligência muito animada, Goggi completou os seus estudos escolares em Génova e os estudos universitários em Turim. Em 6 de setembro de 1903 ele foi ordenado padre. No mesmo dia, emitiu, nas mãos de Dom Orione a Primeira Profissão Religiosa na Pequena Opera da Divina Providência, aprovada há alguns meses. Durante um ano foi professor e educador em Sanremo. Desde 1904, foi reitor da Igreja de Sant’Anna dei Palafrenieri no Vaticano. “Este nosso lugar – escrito a Dom Orione a 27 de agosto de 1904 – tem a sorte de estar mesmo sob o olhar do Papa”. O Papa Pio X viu a Igreja do seu apartamento e ouviu os sinos.
 
No início de 1900, o vasto movimento religioso e diplomático passou em frente à Igreja de Sant’Anna, porque um pouco mais ali, a 100 metros de distância, abriu-se a entrada principal dos Palácios Pontifícios. Muitos, sem entrar na grande Basílica de São Pedro, te impediriam para a Missa da manhã, para uma breve oração, para confissão ou até mesmo apenas para aproveitar o tempo de espera antes de uma consulta.
– Qual é o nome do reitor?
– Dom Gaspar Goggi.
– Ele parece um santo.
– Não parece, é. Veja como ele celebra a missa, como está ajoelhado na Igreja, como é paciente e generoso com os pobres. E então, enquanto alguém se aproxima de confessar, ele imediatamente para tudo e vai confessar.
– Ela parece uma jesuíta. Que ordem é esta?
– De uma nova Congregação, fundada por um tal Dom Orione, as das colônias agrícolas de Monte Mario. Eles chamam-lhes “os sacerdotes que correm”, sempre prontos e trabalhando.
Ele foi recebido com admiração em Santa Ana. Pe. Gaspar era alto, acima da média, com uma barba loira regularmente raspada, cabelo castanho, arrumado no vestido, composto e sereno aos seus olhos e em toda a sua postura. Ela estava usando óculos. Além da distinção da pessoa, unem uma dignidade interior. Em Sant’Ana, ele generosamente se forneceu no ministério sacerdotal, manifestando-se como um padre piedoso, confessor culto, prudente e prudente, estudioso na Palavra e nas Escrituras, rodeado de adoração e afeto. Ele estava supervisionando a formação de um grupo de clérigos que frequentavam universidades romanas.
Muitas pessoas precisando de ajuda também foram àquela casa. Os pobres sempre encontraram em Pe Gaspar o pai que nunca negou, não só ajuda material, mas também palavras de conforto. Inúmeras amizades feitas tanto entre pessoas simples dos bairros quanto com personagens como o professor Luigi Costantini, o poeta Giulio Salvadori, o cartão. Carlo Perosi, padre Giovanni Semeria, abençoado Luigi Guanella, abençoada Teresa Michel Grillo, servo de Deus Aristide Leonori e outros. Em maio de 1907, foi co-visitante dos seminários da Sicília, com o cartão, Carlo Perosi. Ele foi denunciado como um candidato a bispo. Um enfraquecimento psicofísico rápido e progressivo devido à anemia perniciosa que o atormenta desde a adolescência parou o seu apostolado. Internado no hospital em Alexandria, morreu, após 6 dias, às 19h20 do dia 4 de agosto de 1908. Ele tinha um pouco mais de 31 anos.
Dom Orione estava presidindo a missa. Quando chegou o Pai-Nosso, a sua voz tremia e, no “fiat voluntas tua”, ele explodiu em grandes lágrimas. Goggi era tão querido para ele. Um dia ele escreveu-lhe: “Sem ninguém eu me explico tão francamente como contigo e com o Sterpi: na verdade acredito que o Senhor me deu os dois que se entendem e se amam tão bem, que eu preciso disso como dois braços, um para pena, o outro para o Estudo, sem excluir que vocês são as duas liras que só vão mandar um som”.
Agora o servo de Deus Dom Gaspar Goggi está enterrado na cripta do Santuário de Nossa Senhora da Guarda, em Tortona. A sua “posição”, ou seja, o estudo da sua causa de canonização, foi entregue à Congregação das Causas dos Santos há mais de um ano e estamos à espera que seja estudada pela Comissão Teológica e pelos Cardeais para ser reconhecido Venerável.
 
Autor: Pe. Flavio Peloso – religioso Orionita e Postulador Geral
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