As 4 Comunidades do Estado do Rio de Janeiro se encontraram

As 4 Comunidades do Estado do Rio de Janeiro se encontraram

Os religiosos das 4 Comunidades Orionitas do Estado do Rio de Janeiro (Niterói, Valença, Rio Jardim Botanico e Rio Santuário de Fátima) se encontraram no dia 28 de fevereiro, juntamente com o Provincial, Pe. Tarcísio, e o Economo, Pe. Amilar, para um momento de avaliação e de programação.

O encontro teve início com uma “Lectio Divina” a partir do texto do livro do Êxodo (18, 13-27) que narra o diálogo entre Moisés e seu sogro, Jetro, que o repreende por querer conduzir o povo sozinho. A escuta e a reflexão sobre este trecho deu ulteriores motivações para o encontro. Jetro repreende Moisés: Tu sozinho! Essa tarefa está acima das tuas forças e não poderás executá-la sozinho! Com este encontro – foi dito – as Comunidades querem evitar a mesma repreensão: Tu, Comunidade Orionita, sozinha!

As Comunidades fluminenses tem a responsabilidade pastoral sobre 3 paróquias (Santuário, Jardim Botânico e Niterói); 2 obras de assistência (creche em Niterói e asilo no Jardim Botanico); 1 escola (Jardim Botânico); 1 Casa de Espiritualidade (Valença); 1 obra de acolhida de estudantes (Jardim Botânico). Nestas Comunidades vivem 10 Sacerdotes, 1 Irmão, 3 Eremitas e 1 Noviço. Isto significa que 13% dos religiosos da Província Norte estão no estado do Rio de Janeiro.

No contexto da proximidade do Ano Centenário, recordou-se, ainda que brevemente, as origens das Comunidades:

a) a história da Congregação no Rio de Janeiro teve início em 15 de outubro de 1921 quando foi aberto o Instituto de Preservação para Menores, na cidade do Rio de Janeiro, à Rua Francisco Eugênio 228, perto da Estação Leopoldina. Hoje é um Quartel da Polícia Militar. Esta presença durou até 31 de julho de 1924.

b) Rio – Jardim Botânico: Impelido por um insistente desejo de Dom Orione, aos 23 de maio de 1924, Pe. Ângelo de Paoli, com o esforço de Pe. Carlos Alferano, do Cl. Francisco Arlotti e do Sr. Bernardo Bottino, compra, com muito sacrifício, na Gávea, bairro popular e operário do Rio de Janeiro, o terreno da Rua Lopes Quintas, 86 (hoje, 274), fazendo hipoteca de 60 contos de dívida. Era um terreno de 7.000m2 com uma casinha no centro em mau estado, que precisou logo de reparação para poder ser habitada. Em 1º de agosto entraram os primeiros religiosos na Casa da Divina Providência da Gávea, declarada sede oficial da Congregação no Brasil, para efeitos civis. Na época da fundação, o orfanato abrigava 6 crianças e acolhia 30 alunos externos.

c) Niterói: É apresentada como a primeira casa de formação da Congregação no Brasil. Nesta cidade, a congregação recebeu a Paróquia do bairro do Saco de São Francisco, cuja Matriz era uma igrejinha antiga construída pelos Jesuítas dos tempos de Anchieta. Em 1930, com o Pe. Francisco Arlotti tiveram início as atividades orionitas.

d) Santuário de Nossa Senhora de Fátima: As origens da Congregação na Rua Riachuelo tem como religioso de referencia também o Pe. Angelo De Paoli. Sabe-se da sua promessa, por ocasião da Ordenação Sacerdotal, de realizar “qualquer coisa de notável para o culto de Nossa Senhora”, e do seu sonho de repetir no Rio o que Dom Orione realizou em Tortona: um Santuário a Nossa Senhora. É o próprio Pe. Angelo que narra: “Rezei, depois apresentei a ideia ao Superior, Dom Orione; a resposta foi de plena aprovação. Sobre a localização da obra pensei logo na Rua Riachuelo, lugar onde há anos atrás, passando por ali pela primeira vez, notei a necessidade de uma igreja.” (…) “Os esforços para a procura de um lugar apropriado deram ainda em nada, até março de 1937. Em abril veio da Argentina Dom Orione e insistiu para que levasse adiante a ideia. Por alguns dias Dom Orione rezou e na segunda audiência tida com Sua Eminência Dom Leme, tratou do assunto. (…) me levou à presença do Cardeal que animou-me muito a colocar as mãos à obra e abençoou tudo de coração. Ao sairmos da audiência Dom Orione, quase sem se conter, entoou o ‘Te Deum laudamus’.” Algumas tentativas para a compra do terreno na Rua Riachuelo foram frustradas e, após um contato epistolar com o Bispo de Leiria-Fátima “vieram me oferecer a casa da Rua Riachuelo, 367” e no dia 21 de dezembro de 1938, “no Tabelião Tavora, passava-se a escritura da compra, podendo dar no ato 180 contos de réis. O preço total foi estipulado em 250:000$000. Foi um dia de alegria na Casa da Rua Lopes Quintas e todos os Religiosos da Divina Providência no Brasil deram graças a Deus e à Virgem Santíssima”.

e) Valença: A nossa história na Fazenda Santo Antonio do Paiol, em Esteves de Valença, está ligada à pessoa de D. Francisca Queiroz Esteves, proprietária, com seu esposo Marcos, da Fazenda Esteves em Valença no Estado do Rio, uma velha fazenda de café dos tempos da escravidão. D. Francisca era Maranhense, de família muito religiosa e, quando ficou viúva, fez questão de que a velha fazenda servisse à evangelização. Conheceu os Orionitas, através do Pe. Augusto Vianna e doou a fazenda, em 1969, à Pequena Obra da Divina Providência.

Logo depois desta recordação histórica, cada Comunidade teve a oportunidade de avaliar a própria caminhada e apresentar os seus projetos. Em seguida, foram interpelados com a questão:            O que as Comunidades do Rio de Janeiro, unidas, podem realizar juntas?

As respostas foram em vários âmbitos. No âmbito da Formação Permanente decidiram organizar mais dois encontros com todas as quatro comunidades (um será realizado depois da Páscoa e outro depois do Encontro de Aparecida, em outubro). Além disso, as Comunidades da cidade do Rio e de Niterói programaram encontros de convivência e de reflexão.

No âmbito da prioridade histórica, apresentada pela Província, as Comunidades tem projetos particulares, por exemplo, Niterói fará a reforma do local onde está sepultado Pe. Dondero e a Comunidade do Jd. Botanico vai dar oficialidade ao quarto onde Dom Orione dormiu, valorizando aquele espaço como lugar de memória orionita. Além disso, as 4 Comunidades programaram para o início de 2014 uma peregrinação, envolvendo o Movimento Laical, até Mar de Espanha para um dia de espiritualidade carismática e de confraternização. Cada Casa organizará a sua comitiva e todos se encontram na cidade pioneira da Congregação no brasil.

No que diz respeito à prioridade vocacional, as Comunidades tomaram consciência da necessidade de revitalizar a pastoral vocacional, fazendo o compromisso de organizar os grupos vocacionais locais, dando uma maior atenção aos grupos de jovens e de coroinhas.

Tambem no âmbito da prioridade administrativa as Comunidades decidiram alguma forma de partilha e se comprometeram em promover efetivamente pelo menos uma parte da reforma na Casa de retiros de Valença.

Finalmente, organizaram os encontros regionais do Movimento Laical definindo especialmente a data do Retiro anual do MLO para os dias 14 e 15 de setembro.

O encontro, realizado na Casa de Niterói, foi concluído com o almoço festivo.

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