70 ANOS DE PRESENÇA DAS IRMÃS ORIONITAS NO BRASIL

70 ANOS DE PRESENÇA DAS IRMÃS ORIONITAS NO BRASIL

ALGUMAS NOTAS HISTÓRICAS

 

Nascido no dia 23 de junho de 1872 em Pontecurone, no Norte da Itália, desde os primeiros anos da Pequena Obra da Divina Providência, Dom Orione tinha o projeto da fundação de uma família religiosa feminina mencionado em uma carta que escreveu a Dom Sterpi, dia de 20 de novembro de 1900, ele menciona as irmãs[1].

15 anos depois, dia 29 de junho de 1915[2], o sonho de Dom Orione tornou-se realidade com a fundação da Congregação das Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade em Tortona – Norte da Itália. Três anos depois, dia 04 de outubro de 1917, as três primeiras irmãs: Maria Fé, Maria Esperança, Maria Caridade e Maria Fé fazem os votos religiosos de castidade, pobreza e obediência.

Alguns anos mais tarde, convictas de que a Caridade de Cristo deve impulsionar a vida e missão dos seus membros e dar continuidade ao zelo missionário de Dom Orione, a Congregação começou a armar suas tendas em outros países, tendo como principais destinatários da sua missão, as crianças, os jovens, os idosos, especialmente os pobres e em situação de risco nas periferias das grandes cidades, e, através das obras serem «novos púlpitos» de evangelização para anunciarem Jesus Cristo e sua Igreja e para serem «faróis de fé e de civilização».

O desejo de Dom Orione que Irmãs viessem para o Brasil se encontra explícito na sua carta de 20 de agosto de 1920, quando diz: “Preciso seis irmãs para o Brasil”.[3]

Em 1947, as Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade realizaram uma Assembleia Geral sob a presidência do Abate Caronti para tratar de vários argumentos, entre eles, a fundação no Brasil.

Em 1948, a Superiora Geral, Madre Maria Francesca da Paola Cecchetti e dom Carlo Pensa, Superior Geral FDP, visitando o Brasil, constataram de perto, a necessidade da presença das Irmãs Orionitas em terras brasileiras, para colaborarem com os Filhos da Divina Providência.

No dia ia 23 de março de 1949chegam ao Brasil as primeiras pioneiras Orionitas: Ir. Irmã Maria Adriana Cavallin e Irmã Maria Córnélia Ossi (italianas) e Irmã Maria Leônia Delfina Gimenez (Uruguaia). Desembarcaram no porto do Rio de Janeiro, onde foram recebidas pelo Pe. José Montanha (FDP), seguindo para Belo Horizonte/MG, onde os Filhos da Divina Providência já atuavam noLar dos Meninos” na Pampulha, atendendo crianças órfãs em regime de internato. Nesta obra, as religiosas passaram a residir, colaborando com os religiosos na assistência às crianças, dando-lhes formação geral e religiosa. Era já naquela época, o que hoje chamamos de formação integral do educando.

O Segundo grupo: Dia 11 de abril 1949, Irmã Maria Bernardina Gavani como delegada, Ir. Maria Ippolita Piavesan e Ir. Maria Petronilla Prosi.

O Terceiro grupo: foi destinado a Tocantinópolis, Norte goiano, hoje Estado do Tocantins, onde dia 12 de setembro de 1953, chegavam as religiosas: Ir. M. Clotilde Angeleri, Ir. M. Afra Menegatti, Ir. M. Leônia, Ir. M. Teofana Tarini.

La Congregação é de Direito Pontifício, aprovada em 1965. Está presente em 19 países e 4 continentes. No Brasil tem 89 Religiosas, 17 Comunidades distribuídas em 9 Estados e 3 Comunidades e na Republica de Cabo Verde.

 

A CELEBRAÇÃO DOS 70 ANOS

A cerimônia oficial em comemoração aos 70 anos da presença da Congregação Pequenas Irmãs Missionarias da Caridade no Brasil, aconteceu neste sábado, dia 12 de outubro de 2919, festa da Mãe Aparecida, às 17 horas, na Paróquia São João Batista do Brás de São Paulo/SO, numa bonita e participada Celebração Eucarística, presidida por padre Aparecido (FDP) e concelebrada pelo pároco, Pe. Gilberto Aguiar.

Na celebração, além das irmãs da Sede Provincial “Nossa Senhora Aparecida”, estavam presentes também, irmãs do Instituto “Mater Dei”, do CESLO (Centro de Espiritualidade São Luís Orione), da Comunidade N. S. da Visitação – Noviciado, representação de Porto Velho/RO e leigos da Comunidade Paroquial. Os cantos foram animados por membros da Equipe de Liturgia Paroquial, Religiosas, Noviças e Aspirante.

Na procissão de ingresso, duas irmãs conduziram um banner, com o logo – Brasão da Congregação, contendo a seguinte inscrição: pequenas irmãs missionárias da caridade: “Pequenas No Nome, Mas Grandes Na Caridade” (S. Luís Orione). Na concepção de São Luís Orione, quando nos tornamos pequenos, somos capazes de através a caridade, solidarizarmo-nos com as pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade.

Durante a homília, padre Aparecido, destacou a figura da mulher na igreja como o rosto Materno de Deus. Para aprofundar o esse tema, ele utilizou duas figuras femininas bíblicas Ester e Maria, duas mulheres que não intercedem por elas, mas pelo seu povo. A primeira, Ester, por sua sábia atitude, devolve a esperança a Israel, livrando-o do extermínio. A segunda, a Mãe de Deus, apresenta-se como padroeira da população carente e dos negros escravos do Brasil de outrora. A Maria do Magnificat, que canta a derrubada dos opressores e soerguimento dos pobres (cf. Lc 1,45-55) é a mesma negra de Aparecida do Norte/SP, aquela que devolveu a alegria aos pobres pescadores com uma pesca milagrosa.

Continuando sua fala, Pe. Aparecido, agradeceu a oportunidade de poder estar celebrando com as Irmãs o seu Septuagésimo Aniversário no Brasil, fez uma breve memória das três primeiras missionárias vindas ao Brasil, exortou as irmãs a continuarem espalhando a caridade, e a exemplo de Maria e Ester, prosseguir, sendo o rosto Materno de Deus na Igreja.

No momento de Ação de Graças, algumas Religiosas, Noviças e Aspirante, enquanto se cantava o HINO DOS 70 ANOS, composto por Irmã Maria Priscila Oliveira, conduziram solenemente a imagem de Nossa Senhora Aparecida à frente com qual, Pe. Aparecido abençoou os presentes. A seguir, a Superiora Provincial, Irmã Maria Eva de Paula Sousa dirigiu a palavra aos presentes, falando brevemente da caminhada desses 70 anos em terras Tupiniquins. Finalizando sua fala, ela agradeceu aos celebrantes e a presença de todos, convidando-os para um Black Fest na Sede provincial.

Encerrada a Celebração, nos dirigimos à Casa Provincial, onde foi vivido um momento intenso de fraternidade, partilha e diálogo entre as Irmãs, Sacerdotes e Leigos da Paróquia. Esse dia, também, foi marcado por mensagens de Leigos e Religiosas, que, não podendo estar presentes fisicamente, enviaram mensagens via e-mail, WhatsApp e áudios. entre essas pessoas, a nossa querida Superiora Geral, Madre Maria Mabel Spagnuolo.

Agradecemos de coração a colaboração e a presença de todas e de todos.

 

[1] LANZA, Antonio. Il Beato Luigi Orione e le Piccole Suore Missionárie della Caritá. Roma, 1996, p. 14.

[2] Cf. PIMC. D. Orione às P. Irmãs Missionárias da Caridade. São Paulo. E.P. Salesianas, 1980, p. 34.

[3] LANZA, Antônio. Il Beato Luigi Orione e le Piccole Suore Missionarie della Carità. Roma, 1996, p. 171.

 

 

No Comments

Post A Comment