PEQUENA OBRA DA DIVINA PROVIDÊNCIA
FAMÍLIA CARISMÁTICA ORIONITA
REFLEXÕES PARA A QUARESMA: É TEMPO DE CONVERSÃO
ORIONITAS AS PÉS DA CRUZ
Um breve subsídio para a reflexão dos integrantes da família carismática orionita, em preparação para a celebração do grande Mistério Pascal dos cristãos. Trata-se de uma proposta de formação e espiritualidade bem simples, para ser feita durante a semana, em preparação para o encontro eucarístico dominical. Cada fascículo terá uma saudação, uma frase bíblica do evangelho dominical, um tema quaresmal e uma proposta de reflexão sobre a Campanha da Fraternidade. Pode ser feita em comunidade, entre amigos ou individualmente. Os textos das reflexões são extraídos do livro: Quaresma: teologia e símbolos (A.S.Bogaz – J.H.Hansen. Revista o Recado. 2015).
Viver a quaresma é uma graça que a Igreja nos oferece, levando-nos a redescobrir as motivações dos primeiros cristãos, que se preparavam com tanto ardor para as festas pascais. Todo tempo é tempo de purificação, todos os dias são dias de renovação; isso é inegável. Nossa Igreja nos apresenta um tempo especial, para reacendermos a chama da fé que se fragiliza nas labutas cotidianas, para refazermos os laços de afetividade que se desmancharam e caminharmos nos passos da caridade, que nos unificam com Deus e com os seus empobrecidos. Na condição humana de pecadores, somos iluminados por Jesus Cristo, para reavermos a condição divina semeada em nossa vida pela filiação batismal. Pelas cinzas, pelas palmas, pela cruz e por tantos gestos, somos adentrados num espírito novo, capaz de restaurar a grandeza de nossos corações. A medição da Igreja, nossa comunidade de fé, escancara nosso coração para acolher, feito sepulcro sagrado, o Cristo crucificado e se tornar o templo que adora o Cristo ressuscitado. Quaresma é graça divina que nos eleva, dia após dia, passando pelo calvário, à manhã da glória da ressurreição.
Pe. Antônio S. Bogaz – Prof. João H. Hansen – Pe. Rodinei C. Thomazella
Da família carismática de São Luís Orione
QUARTA FEIRA DE CINZAS – 06 março 2019
TEMA: HUMILDADE DO VERDADEIRO CRISTÃO
A VOZ DO EVANGELHO DE JESUS CRISTO – Mt 6, 1-4
Tenham o cuidado de não praticar suas ‘obras de justiça’ diante dos outros para serem vistos por eles. Se fizerem isso, vocês não terão nenhuma recompensa do Pai celestial. “Portanto, quando você der esmola, não anuncie isso com trombetas, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, a fim de serem honrados pelos outros. Eu garanto que eles já receberam sua plena recompensa. Mas, quando você der esmola, que a sua mão esquerda não saiba o que está fazendo a direita, de forma que você preste a sua ajuda em segredo. E seu Pai, que vê o que é feito em segredo, o recompensará.
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MENSAGEM DE NOSSO SANTO – ORIONITAS AOS PÉS DA CRUZ
CRISTO AVANÇA! Ele nos redimiu na dor, e avança para reconduzir o gênero humano à primitiva unidade na dor. E a vida de sua Igreja, enquanto se organiza uma grande reunificação, é a continuação da vida do Calvário, e espelha em si mesma Jesus Crucifixo, a sua dor e o seu sacrifício. É Ele mesmo quem hoje toma a sua causa e aquela dos povos. É Ele quem agora combate, mas sendo Cristo o Cordeiro de Deus, Ele vencerá pela misericórdia!
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PARA APROFUNDAR NOSSA FÉ – UM TEMPO DE RECONCILIAÇÃO
Entramos em nossas igrejas e sentimos uma sensação diferente nos dias quaresmais. A cor dos elementos de decoração dos rituais litúrgicos foram vestidos de roxo. Talvez encontramos menos flores e em algumas igrejas, como nos velhos tempos, os santos estão cobertos com mantos. Quando participamos das ações litúrgicas, este espírito quaresmal é mais evidente ainda: canções mais sóbrias, gestos e refrões de exultação são menos evidentes, as leituras e os sermões apontam para o recolhimento, o arrependimento e a conversão. Tempo quaresmal vai tomando conta da vida litúrgica da Igreja e cada fiel é convocado a buscar a renovação de sua opção batismal, aproximar-se mais da ceia eucarística e viver mais profundamente sua fé. Este é o tempo por excelência da mudança de vida, pois os quarenta dias apontados para a Igreja para preparar a comunidade para viver mais intensamente o grande acontecimento da paixão, morte e ressurreição do Senhor deve ser assumido com seriedade, na construção da própria santidade.
Retomando uma expressão bíblica: “lembra-te que és pó e ao pó tu voltarás” (Gen 3, 19), a espiritualidade desta celebração exprime a força imperiosa do pecado e a luta do ser humano para vencer suas correntes. Para além de todas as perspectivas contrárias à espiritualidade com teor punitivo e acusativo, parece mesmo que este período é elevado com o propósito de alertar o ser humano diante da tragicidade do pecado. Não com perspectivas condenatórias, mas para que busque a conversão, confiante na misericórdia divina. Todos os passos da liturgia quaresmal deverão ser iluminados, desta sua abertura na celebração da Quarta Feira de Cinzas até seu epílogo, no início do Tríduo Pascal. Pela quaresma trilhamos o sofrimento de Deus, paradigma das dores humanas, construindo um tempo de esperança e luta, inspirada na vida e na vitória pascal de Jesus Cristo.
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A UTOPIA DA FRATERNIDADE
Vamos conhecer as propostas humanitárias e cristãs da Campanha da Fraternidade, para unir a dor de Jesus Cristo com os sofrimentos dos irmãos.
DIGNIDADE HUMANA
Todo ser humano, como membro da família humana, possui uma dignidade inata, seja qual for a situação em que este se encontre. Portanto, a dignidade humana deve ser reconhecida e não atribuída. A primeira e mais imediata exigência da dignidade humana é o respeito à vida, levando a se reconhecer o direito à vida, entendido como princípio fundamental e anterior aos demais: significa nascer, viver e morrer com dignidade. “Existem bens, materiais e espirituais, que possuem um valor relativo: apenas a dignidade, entre os bens, possui um valor absoluto” (F. D´AGOSTINO).
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ORAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO
Espírito Santo Consolador, concedei-me o dom da fortaleza. Fortalecei minha alma para superar as dificuldades de cada dia, os tormentos das perseguições e as insídias do maligno. Ajudai-me a ser forte em meio às fraquezas espirituais, para que eu seja sinal de Teu amor e bondade. Por Cristo, Nosso Senhor.
Rezemos como o Senhor nos ensinou:
Pai Nosso – Ave Maria – Glória ao Pai