HABEMUS PAPAM!

HABEMUS PAPAM!

Caríssimos Confrades Filhos da Divina Providência,

Habemus Papam!

Da Sé Apostólica ressoou o anúncio que enche de alegria e comoção o nosso
espírito orionita: Habemus Papam!
“De repente, viu-se abrir a grande janela na fachada de São Pedro, onde o
Papa costuma aparecer para dar as bênçãos. Foi baixado um grande pano e
então houve aplausos. Porém, ainda não se sabia quem era e que nome
assumiria. (…) Finalmente, na sacada apareceu a cruz com o Cardeal
diácono… Toda a praça de São Pedro era uma só cabeça… O Cardeal diácono
então começou a falar e disse: «Habemus Papam».” (Dom Orione,
07/03/1939).
A Igreja universal tem novamente seu Pastor Supremo, o 267o sucessor do
Apóstolo Pedro na Cátedra Romana. Com coração filial e alma exultante, acolhemos o
Santo Padre Robert Francis Prevost, que tomou o nome de Leão XIV.
“Depois o novo Papa apareceu entre um delírio de aplausos… deu a primeira
bênção, ampla, grande! Foi um momento de grande comoção. Vocês também
devem ter ouvido a voz do Papa ao dar aquela primeira bênção.” (Dom Orione,
07/03/1939).
Caríssimos confrades, com alegria e gratidão acolhemos o novo Santo Padre,
religioso agostiniano, que Deus escolheu para guiar Sua Igreja neste tempo de desafios
e esperanças. Rezamos com apreensão, invocando o Espírito Santo para iluminar o
discernimento dos Cardeais. Agora, com fé, renovamos nosso compromisso de ser
humildes instrumentos nas mãos do Papa, para servir à Igreja e aos mais necessitados.
Dom Orione nos ensinou que nosso amor e devoção não são dirigidos a um nome, mas
ao Papa, como representante de Cristo na terra. “Não olhamos se é Papa um ou outro,
nem o nome que tem, nem seu passado. É sempre o Papa que vemos na fé, é sempre o
Papa que amamos: a Ele devemos nossa veneração, nossa obediência de discípulos e
filhos.”
Sabemos bem o profundo amor e devoção inabalável que nosso Fundador teve
pelo Sucessor de Pedro. Nesse espírito, acolhemos de todo o coração o Papa Leão XIV.

A Ele vai, desde já, nossa obediência incondicional, nossa profunda veneração e nosso
mais sincero amor filial. Reconhecemos Nele o guia seguro que Cristo nos dá nestes
tempos.
Nosso compromisso, como Filhos da Divina Providência, se renova neste
momento solene. Devemos, segundo a exortação de Don Orione, “palpitar e fazer
palpitar milhares e milhões de corações ao redor do coração do Papa”. Isso significa
intensificar nossa oração por sua pessoa e por seu ministério, e sobretudo, viver com
empenho nossa vida e ter uma caridade operosa, levando ao coração do Santo Padre
especialmente os pobres, os aflitos e os humildes, que são os “verdadeiros tesouros da
Igreja de Jesus Cristo”.
Sabemos bem quantos obstáculos o Santo Padre terá de enfrentar em seu
ministério. A mentalidade moderna está tentando reduzir cada vez mais a influência
que o Magistério pontifício tem sobre as pessoas. Mas nosso carisma e o IV Voto nos
comprometem a lutar ao seu lado.
No ano da Assembleia Geral de Avaliação, cujo principal objetivo é relançar o
Capítulo, retomamos especialmente a Linha de Ação no 13 do XV Capítulo Geral:
“Como viver a fidelidade ao Papa no contexto atual”. Renovamos nossa adesão ao
sonho de uma Congregação “construtora de comunhão e de paz ao redor do Papa”: «O
objetivo principal de nossa Congregação é viver de amor ao Papa e difundir,
especialmente entre os pequenos, os humildes, o povo, o mais doce amor ao Papa, e a
obediência plena e filial à Sua palavra, aos Seus desejos. Acima de todas as nossas
frontes deve estar escrito e levado alto o nome do Papa; em todos os nossos corações
deve estar gravado o nome abençoado do Papa; nossa vida deve ser consagrada ao
Papa e à Santa Igreja de Jesus Cristo».” (Scritti 52, 110)
Essa mesma Linha de Ação, animada pelo fogo de nosso carisma, nos propõe
traduzir em ações concretas nossa profunda e filial fidelidade ao Papa, oferecendo
caminhos práticos para encarnar esse amor no dinamismo do contexto atual:
• Com o olhar atento dos Conselhos Provinciais, vigiamos para que nossas
iniciativas apostólicas, em seus projetos e na sua execução, sejam o reflexo
do carisma de eclesialidade e papalidade que Dom Orione nos deixou como
herança. O instrumento a ser utilizado são os indicadores carismáticos nos
vários projetos apostólicos. (cf. XVCG, 91)
• Cabe aos Superiores Maiores e aos Superiores das Comunidades a tarefa vital
de manter viva a chama de nosso profundo amor e de nossa inabalável
fidelidade ao Papa e ao seu Magistério. Esse ardor deve ser expresso com
criatividade e renovado entusiasmo, buscando sempre novas formas de
testemunhar essa devoção. A Oração semanal pela Fidelidade ao Papa e a
Festa do Papa continuam sendo sinais eloquentes e comoventes de nossa
identidade orionita no mundo. (cf. XV CG, 92)

• Seguindo os passos de Dom Orione, mestre insuperável em aproximar
aqueles que se consideravam distantes, mesmo aqueles que as correntes do
tempo queriam afastados da Igreja (os modernistas), tornando-se ele mesmo
ponte viva de união, nós Religiosos assumimos esse estilo. Adotamos com
empenho uma atitude constante baseada na busca sincera e paciente da
comunhão, rejeitando qualquer forma de contraposição estéril, para sermos
autênticos construtores de unidade no corpo eclesial e na sociedade. (cf. XV
CG, 93)
• Animados por um vivo desejo de crescer na compreensão e na adesão ao
Magistério Pontifício, comprometemo-nos a conhecer, aprofundar e fazer
nossas as riquezas do pensamento e as orientações do Papa. E com
entusiasmo apostólico nos propomos a ser anunciadores convictos de seu
Magistério, utilizando com criatividade e paixão todos os instrumentos à
nossa disposição para levar sua voz o mais longe possível. (cf. XV CG, 94)
Irmãos, que a nossa fidelidade ao Papa seja um sinal luminoso no mundo,
testemunhando a coesão e a vitalidade da Igreja, guiada pelo Espírito Santo através do
seu Pastor visível. A história nos lembra quantos Papas santos iluminaram o caminho
do povo de Deus; Nós também somos chamados, na nossa pequenez, a contribuir com
a nossa santidade de vida para esta sucessão gloriosa.
Elevamos, portanto, nossas súplicas ao Senhor pelo Papa Leão XIV, confiando
o seu altíssimo ministério à materna intercessão da Bem-Aventurada Virgem Maria,
Mãe da Divina Providência, e à proteção de nosso Fundador, São Luís Orione.
Unidos em Cristo e na caridade de Dom Orione, com filial devoção ao Santo
Padre, fraternalmente,

Pe. Tarcísio Vieira
Diretor Geral

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