10 jul Faleceu, em Araguaína, o orionita Pe. Giovanni Grossholz
O nosso querido Pe. Giovanni Grossholz retornou para a Casa do Pai no Domingo do “Bom Samaritano”, XV do Tempo Comum, Ano C.
Ele nasceu em Roma no dia 10 de agosto de 1934 e foi batizado 5 dias depois, em 15 de agosto. Entrou na Congregação de Dom Orione num lugar chamado Patrica em 1946 e professou pela primeira vez em 11 de outubro de 1951. Frequentou o curso de filosofia em Villa Moffa (1952-54), fez o tirocínio em Roma, Patrica e Grotte di Castro (1955-57) e a teologia em Tortona (1958-61). Finalmente, a Profissão perpétua em 11 de outubro de 1957 e a ordenação sacerdotal em 29 de junho de 1961. Poucos meses depois, em 13 de setembro de 1961, parte para o Brasil, como missionário orionita da Missão do então “norte do Goiás”.
No Brasil, chegou exatamente no “coração” da Missão, em Tocantinópolis, onde permaneceu por dois anos como responsável pelo Seminário da Prelazia. Depois, somente por dois breves períodos, trabalhou fora da “Missão”: em São Paulo (1964-65) e em Siderópolis (1978-80). Todos os outros anos foram na “Missão” onde esteve em Araguatins (1966-71), Tocantinópolis como diretor do Colégio (1972-77) e em Araguaína desde 1981, antes no Colégio “Santa Cruz” e depois no Hospital, tendo conduzido a ampla reestruturação e ampliação das estruturas do Hospital para fazer memória, com um monumento, do 50º de morte de Don Orione. Foi também membro do Conselho Provincial em diversas ocasiões.
“Missionário orionita”, Pe. Giovanni será recordado como um “bom samaritano” porque, não somente espiritualmente, mas literalmente segundo a Parábola, sobretudo durante o período em Araguatins e no Hospital Dom Orione de Araguaína, aproximou-se de tantas pessoas necessitadas, atando tantas feridas e cuidando de muitos doentes no corpo e no espírito. É bonito pensar também em Pe. Giovanni como o dono da hospedaria da Parábola, o diretor da “Casa da Caridade”, que recebeu a tarefa de cuidar da pessoa ferida e o fez por inspiração de São Luís Orione.
Na noite de 9 de julho de 2016, o Senhor Jesus, Bom Samaritano, como tinha prometido, retornou e se colocou ao lado do leito de Pe. Giovanni e transformou a sua longa “noite da dor”, abrindo a sua vida “à luz pascal” (Prefácio do Bom Samaritano).
Ao rezar pelo Pe. Giovanni e pedir a toda a Província brasileira para rezar por ele, recordamos a sua família, especialmente o nosso confrade Pe. Marco Grossholz e a irmã Lucila. Visitando recentemente a família em Roma, compreendi que também a família foi “missionária” porque nestes anos, cada dia, doou a vida e o sacerdócio do Pe. Giovanni para a missão no Brasil. Hoje, depois de ter recebido a notícia, Pe. Marcos me escreveu: “Giovanni partiu para unir-se aos seus queridos papai Giuseppe e mamãe Santina e ao seu irmão Tarcísio e a todos aqueles que, nestes anos, fizeram parte da sua vida missionária. Ao unir-me a todos vós na oração, agradeço de coração a todos aqueles que o acompanharam nestes longos meses de sofrimento redentor. Médicos, enfermeiros, e em particular as leigas do Tra Noi e os membros da Pastoral da Saúde que o sustentaram com as visitas e a oração. Esta manhã enquanto eu rezava o breviário, diante do tabernáculo entrou na igreja uma pomba, pousou em cima do tabernáculo e depois no grande crucifixo do altar e enfim voou e foi embora… Por favor, coloque uma flor branca sobre o caixão em nome de todos nós que nos unimos na oração.”
O funeral será hoje à tarde, domingo, 10 de julho, em Araguaína. Dom Geovani, Bispo de Tocantinólis, presidirá a Missa na Capela do Hospital. E em volta do corpo de Pe. Giovanni estará a família missionaria que ele amou, pela qual deu a vida e pela qual deixou nação e família de sangue para ser missionário de Dom Orione, missionário da caridade, missionário da “Casa da Caridade”.
Obrigado, Pe. Giovanni Grossholz!
Requiescat in pace!
P. Tarcísio G. Vieira
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