07 mar DOM ORIONE: Como viveu o dia 7 de março de 1940, 6 dias antes da sua morte
Foi o dia da despedida do Bispo, esteve em San Bernardino, visitou o santuário, as Irmãs e os aspirantes.
Depois das recentes graves crises cardíacas e pulmonares, Dom Orione foi convencido a passar alguns dias em Sanremo, na esperança que o clima mais ameno da cidade da Ligúria pudesse favorecer a retomada da sua saúde.
No dia 7 de março de manhã, no Paterno de Tortona, tudo estava pronto para a partida para Sanremo. Porém, inesperadamente, Dom Orione anuncia o adiamento da viagem.
A Pe. Bariani surpreso, Dom Orione disse pensativo: “Se você soubesse porque não parto, não insistiria que eu fosse”.
Chama Giuseppe Zambarbieri, que fazia as vezes de secretário, e pede para colocar em ordem o registro das Missas e dita algumas cartas para vários destinatários. “Diga aos que me mandam para Sanremo, que não é entre as palmas que quero viver e morrer, mas entre os pobres”. “A sensação de que o Fundador se preparasse para uma viagem sem retorno foi ficando cada vez mais viva na minha alma”, anotou Zambarbieri nas suas recordações.
“Pelas 10 horas – narra Pe. Adriano Calegari – Dom Orione me pediu para leva-lo com o carro para saudar o Bispo. Obedeci. Na Praça da Catedral, diante da porta do Palácio Episcopal, eu o ajudei a descer e depois a subir as escadas até o escritório do Bispo. Eu o esperei no salão de entrada e depois o acompanhei novamente até o carro.
Pediu-me para leva-lo a San Bernardino.
Percorremos a Rua Montebello que, sendo uma rua lateral, oferecia a possibilidade de passar inobservados. Foi então que ele me disse, para meu conforto: Veja, caro Pe. Adriano, a Providencia não deixou você retornar para a Inglaterra também porque, com este carro, você pudesse fazer ainda uma obra de caridade para com este pobre velho. Em San Bernardino fez una breve visita ao Santíssimo Sacramento e a Nossa Senhora da Guarda.
Depois voltou e parou alguns minutos na Casa Mãe das Irmãs, que logo se reuniram, comovidas, em volta do Pai para escrutar mais uma vez a sua palavra e receber a sua benção.
Passou depois na casa dos Aspirantes, que está do lado oposto da Rua Genova, e, no pátio, encontrou os aspirantes já organizados em duas filas com Pe. Franceschini à frente. Quando Dom Orione surgiu, se ajoelharam. Ele já tinha deixado claro que ficaria não mais do que poucos segundos. “Eu dou a benção e deixo uma recordação: oração e estudo. Oração e estudo”. E os abençoou com gesto largo e comovido. Depois saiu e, sempre com o carro, retornou à casa mãe.
Estas visitas breves tinham todas o caráter de uma derradeira despedida”.
Passou o resto do dia na vida da comunidade, orações, Missa, refeições, escrevendo cartas, recebendo visitas.
(Publicado originalmente em italiano no site www.donorione.org; por Don Flávio Peloso)
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