Caminhada Vocacional

Com Dom Orione, o
mensageiro do Senhor, pelos caminhos das vocações

Tudo por Deus e pelas
vocações

Foram milhares de quilômetros rodados. Estradas de asfalto,
outras tantas de terra. Caminhos retos ou tortuosos, passando por paisagens tão
diferentes como há estrelas no céu. Fosse o verde das matas de Santa Catarina
ou das plantações do Mato Grosso do Sul, em tudo se via a beleza da criação.
Andando, dirigindo, visitando… e tudo cantando, como São Luís Orione
costumava recomendar. E cada passo, cada olhar, sorriso e conversa, tudo tinha
um só objetivo: falar de Jesus. E falando dele, vivê-lo. E vivendo-o,
anunciá-lo.

Foi assim desde o começo. Na mente e no coração um só era o
desejo: evangelizar através do exemplo. Já dizia Dom Orione que os exemplos são
a melhor maneira de atrair vocações. Por isso, estar com o povo, senti-lo,
querer ter as mesmas esperanças e sonhos, tudo conforme o plano de Deus. E os
frutos virão! A Divina Providência nunca nos abandona!

Nosso time: os atletas
de Jesus


O animador disso tudo é o nosso querido padre Márcio Vieira,
animador vocacional orionita. Sua missão? Engrossar as fileiras daqueles que
seguem São Luís Orione para plantar caridade em todos os “sulcos” da sociedade.
Em outras palavras? Sair por aí amando, amando a todos, fazendo o bem, sempre,
sem exceções. E pe. Márcio tem um jeito especial de fazer isso e que segundo
consta atinge quase 100% de eficiência. “Sorrindo é sempre mais fácil”, diz sem
esconder os dentes o padre.


Com ele, outro entusiasta da Divina Providência: padre
Reginaldo, formador do seminário de Guararapes, no calorento e caloroso
interior paulista. Esse, por sua vez, é outro teimoso dos bons. Vejam vocês que
ele acredita que é possível criar um mundo melhor, com mais amor e paz. A
receita? “Fé”, dispara o padre com a convicção de quem já provou que isso
funciona.


Mas o time ainda está pela metade. Onde está a presença
feminina? O rosto materno de Dom Orione, sim, estava lá também. A irmã Maria
Auxiliadora traz no nome duas razões maiores pelas quais vale a pena entregar a
vida: Maria, mãe do Senhor, é mulher de fibra e fé. Servidora e discípula,
humilde e graciosa. Não à toa é chamada de Nossa Senhora. A ela devemos muito,
e como é bom ser filho dela! Mas além de Maria, é auxiliadora, ou seja, quer
auxiliar, ajudar, se dispor, amar… tudo sem querer nada em troca. Parece
loucura. “É a loucura da cruz” afirma a irmã feliz por ter escolhido o melhor
da vida.


Era tudo? Não. O time precisava de um espírito jovem e cheio
de entusiasmo. E esse era o clérigo Marcelo de Menech. Rapaz sonhador que tem
os pés firmes no chão. Trabalha, trabalha e trabalha incansavelmente pelo
reino. Esse pequeno catarinense é daqueles que não se cansam. Talvez seja mais
uma manifestação do espírito inquieto de Dom Orione que habita nesse povo. E
por isso mesmo, por onde passa, contagia. “É o fogo da caridade”, diz sem
titubear o jovem seminarista.

Santa Catarina, São
Paulo, Mato Grosso do Sul

Mas pra onde foi esse povo com tantos sonhos e idéias? Bom,
foram por aí. Pois onde há gente, aí está Jesus. Encontrar-se com o Senhor é
estar com seu povo. Já dizia o papa Bento: “encontrar-se com o Senhor já é ser
enviado em missão”. E não é que é verdade?

Incansavelmente. Esse é o melhor advérbio pra descrever,
então, a caminhada vocacional desses destemidos orionitas. Visitaram igrejas,
obviamente. E nelas, os jovens foram o foco. E com eles cantaram, dançaram,
pularam e até rezaram. E os corações de cada um deles já ardem por Jesus. E a
paz já se faz presente. Visitaram também escolas, e muitas delas. Até porque
não pode haver verdadeira educação sem Deus. “Olha, tem uma freira na escola!”,
gritavam os jovens correndo ao encontro da irmã de todos. Esta é a beleza de
ser cristão. Não importa onde se esteja, lá sempre haverá um irmão seu à sua
espera.

Sem esquecer dos que já estão conosco, foram também visitadas
as famílias de nossos seminaristas. E não são poucos. Estar com a família deles
é aprender o quão grande é a nossa. E como é bom saber que temos tantas mães e
pais. Mais uma das graças concedidas àqueles que seguem Jesus. Deixam pai e mãe
para ganhar cem vezes mais. E vale a pena!

   

Qual os frutos?

Não são em números que se avalia uma missão cristã. Isso
seria diminuí-la. Na verdade, tudo se mede pelas medidas da fé. E nesse
sentido, todos, pe. Márcio, pe. Reginaldo, Ir. Auxiliadore e cl. Marcelo, são
unânimes: tudo valeu a pena pois o amor sempre vence no final. E quem ama, já
agora, se sente vitorioso.

E assim, toda a família religiosa de Dom Orione agradece a
esses desbravadores das vocações.  A
caridade semeada já está florescendo. E especialmente no coração de todos nós,
que os acompanhamos com nossas orações.

Ave Maria e… avante!