MÃE SHIVA, A SUPER MÃE

DOIS BRAÇOS PARA MUITOS FILHOS

 

Outro dia vimos uma estátua hindu, uma mulher com oito braços e não sabíamos o nome. Procurando na Internet encontramos tantas deusas hindus com tantos nomes e braços que para facilitar a vida são todas chamadas de Shiva.

Foi então que nossa querida amiga Suely Muniz nos disse:

– Eu conheço uma Mãe Shiva.

Olhamos espantados para ela e sorrindo nos disse:

– Para cuidar de quatro filhos, tem que ser uma mãe de oito braços, como tantas mães  maravilhosas.

– É verdade – respondemos – para cuidar de quatro filhos tem que ser como a Deusa Shiva, não deve ser fácil.

A Beth estava por perto e falou:

– Vestir quatro crianças, fazer o café da manhã, preparar cada um para ir para a escola, fazer o lanche e certamente um não gosta de mortadela, o outro de queijo… meu Deus!!!

Demos risada e depois pensamos como deve ser complicado mesmo ser mãe com quatro filhos no mundo atual. Antigamente a vida parecia menos complicada e uma mãe ter mais de cinco filhos parecia normal, algumas com dez e cuidando da mesma forma que a de cinco. O mundo ficou complicado, sem dúvida, os perigos que existiam eram tão poucos e hoje são tão grandes.

Mas cuidar de crianças como esta mãe, não deve ser fácil, tem que levantar mais cedo e deixar tudo em ordem, café da manhã, depois o almoço, o jantar, os intervalos com alguma coisa para comer, o que pensar, como fazer, comprar, voltar, tempo. Roupas para lavar, passar, casa para arrumar, passar aspirador, tirar o pó, varrer jardim, quintal. Melhor parar por aqui, ou vamos dizer que ser mãe é procurar encrenca pelo resto da vida.

Mas logo nos lembramos de Terezinha, uma mãe do segundo filho que nasceu e que fomos visitar no hospital. Estava radiante:

– Vocês já viram? Passaram no berçário?

Dissemos que sim. Perguntamos se ela estava bem. Disse que teve dores imensas e alucinantes durante o parto, mas que agora estava ótima e simplesmente nos disse:

– Estou tão feliz que logo que for possível quero mais dois filhos, a alegria de ser mãe é maior que tudo o que eu passei, quero mais filhos.

Ufa!!! É de endoidecer, a cabeça do homem jamais pensa assim, só de ver a gente fica com o cabelo em pé. Deus realmente deu para as mulheres este dom da maternidade, este amor incondicional aos filhos, esta coragem e boa vontade para cuidar deles.

Pensamos que ao deitar, sem dúvida alguma depois que deu os últimos toques na casa e viu cada um ir para o seu quarto, as mães devem rezar e dizer para Deus:

– Senhor, obrigado pelos anjos que ajudam a cuidar dos meus filhos.

Certamente cada um tem um anjo da guarda muito bom, para auxiliar estas mães que não param um minuto. A Mônica do Daniel que teve trigêmeos que o diga, não foi nada fácil, mas a felicidade dela foi imensa de conceber os três juntinhos e apesar do trabalho que dão, a Mônica é aquela mãezona que se sente realizada com sua família.

No final, acabamos vendo que as mães são felizes com seus filhos, pois Deus as fez mulher para conceber,  amamentar, para cuidar com imenso carinho daquele bebezinho chorão que quer a mãe o tempo todo. Ele vai crescer, se for ela, vai um dia repetir tudo o que a mãe dela fez. E os filhos que foram tão bem cuidados vão saber ajudar suas esposas a cuidar dos rebentos. A vida é isso mesmo, Dia das Mães é para ser comemorado como uma grande festa. Mas… tire sua mãe de casa, leve-a para passear, para ficar longe do fogão. Está certo, amanhã começa de novo, mas compre flores, compre bombom, coloque bilhetinhos pela casa, se puder compre um presentinho (nada de panelas!!!), uma rosa basta. O importante neste dia é dizer: Mãe, eu te amo!!! Na alegria, na dor, na velhice, nos sonhos.

 

Pe. Antônio S. Bogaz (orionita), doutor em Filosofia, Liturgia e Sacramentos e

Teologia Sistemática – Cristologia

Prof. João H. Hansen, doutor em Literatura Portuguesa e

 

Ciência da Religião e Pós-doutor em antropologia