29 jan Clérigo Roberto, missionário orionita na África
Clérigo Roberto, missionário orionita na África
No último dia 25 de janeiro, festa da conversão de São Paulo, um jovem religioso orionita deu um passo significativo dentro de
seu chamado ao seguimento radical de Jesus Cristo nos passos de São Luis Orione. O jovem clérigo Roberto foi enviado como missionário para a África. Vai trabalhar na formação de novos seminaristas e nas obras sociais que os Orionitas mantêm em Maputo, capital de Moçambique, por mais de 10 anos. Antes de viajar, todavia, o clérigo Roberto nos cedeu esta entrevista.
PORTAL ORIONITAS: Conte-nos um pouco de sua história vocacional
CL. ROBERTO: Sou Roberto Pereira Silva, 25 anos, natural de Pedra Azul-MG, filho da Sra. Maria Eni Pereira e do Sr. Roberto Pinheiro da Rocha, somando uma família grande que inclui dezoito irmãos. A minha história vocacional surgiu em 2005, propriamente na cidade de Bom Jesus da Lapa-BA. Como era de costume todos os anos participava da romaria em louvor ao Bom Jesus, e foi nesta ida e vinda que encontrei um Panfleto da família religiosa do Santíssimo Sacramento, cuja inscrição dizia: VENHA E SEGUE-ME, após ler este panfleto fui motivado por uma amiga a ir falar com o padre da minha terra natal, o admirável PADRE FABRIZZIO CLEMENTE que me motivou a conhecer a Diocese e ao mesmo tempo conhecer os Redentoristas. Surge na minha mente a descoberta que a vida consagrada não resumia só a Diocese e Congregação que por primeiro conheci. Procurei algo que me preenchesse, então na radicalidade entrei para família dos Missionários de São Carlos, onde trabalhei com migrantes, imigrantes e refugiados, durante anos. Tive dificuldades como em qualquer outra família religiosa possa encontrar, e não foi à dificuldade que me afastou daquela família religiosa, e sim, a solidão que todos os dias eu sentia até conhecer a Família da Pequena Obra da Divina Providência. Aproveito este momento para render agradecimento ao padre Fabrizzio Clemente Fonseca, pároco da Paróquia Imaculada Conceição de Pedra Azul-MG (Diocese de Araçuaí), pela compreensão ao meu chamado até o presente momento.
Por que ser Orionita?
CL. ROBERTO: Ser Orionita é para mim um presente de Deus. A decisão de ser Orionita surge nas minhas partilhas mensais com o orientador espiritual padre Guilherme Belinatto, que ouviu na caridade todo o meu sofrimento em querer servir com mais profundidade. Estava cursando o primeiro ano de filosofia quando Deus colocou em minha vida o Paulo Miguel, hoje religioso Orionita, que me motivou a conhecer esta Congregação. E digo todos os dias que um dos meus grandes amores é esta família religiosa, que ao longo da caminhada tem me proporcionado tanto aprendizado, me ofereceu tantas oportunidades, de formando passei a auxiliar na formação, foi um grande aprendizado, graças a esta minha família religiosa que me acolheu por meio do padre Osvaldir Ribeiro, um padre que serve e ama na totalidade a Congregação.
Quais os desafios do trabalho na formação?
CL. ROBERTO: Após a caminhada de aspirantado, postulantado e noviciado, professei os primeiros votos religiosos e fui designado a trabalhar na formação, na cidade de Quatro Barras-PR. Foi um desafio muito grande estar ligado a adolescentes e jovens, que embora estivessem na vida de seminário estavam e estão ao mesmo tempo ligados eletricamente às coisas sociais. Para mim, o maior desafio foi me moldar e olhar para trás e perceber que não somos iguais, é triste quando queremos que todos pensem como nós, falem como nós. Sofri, chorei e muito aprendi no Instituto Pio XII. Mais o desafio foi superado quando encontrei pessoas que me apoiaram e confiaram que o trabalho daria certo. E assim finalizei meu primeiro ano de tirocínio considerado por mim uma experiência de aprendizado que terá sequencia na cidade de Maputo, Moçambique-África.
Quando surgiu o desejo de ser missionário?
CL. ROBERTO: O desejo missionário surgiu quando encontrei o panfleto vocacional citado acima. Mais este desejo era apenas servir, e em tudo busquei alimentar este desejo. Entendi há anos que ser missionário é servir bem em todos os lugares por onde passarmos. Então me considero um missionário não por estar indo a Moçambique, e sim por ter dado meu sim naquela tarde do dia 08 de julho de 2004 na explanada do Santuário do Bom Jesus da Lapa. Naquele momento começou minha missão, ao aceitar o desejo de recolher do chão aquele panfleto que me trouxe até aqui. Resolvi com amor e esperança: ABANDONAR-ME NO SERVIÇO DA MESSE, que até os dias de hoje é grande para poucos operários. A minha missão foi fazer-me um SERVO NA TOTALIDADE. Ir a Moçambique reforça cada vez mais a certeza que JESUS ainda me quer em tua MESSE.
Quais as suas expectativas em relação a missão na África?
CL. ROBERTO: Outro dia me fizeram esta pergunta, a resposta foi clara: não posso me privar de expectativa daquilo que não conheço, então consagrei no Coração de Jesus a ansiedade que nos últimos dias da viagem tomou conta de mim. Optei por não criar expectativa para não sofrer e nem julgar o desconhecido aos meus olhos. A expectativa transformou em amor, desde já amo o que vou fazer, e estou indo à África não para ensinar nada e sim para me dispor a aprender, partilhar e crescer junto com aquele povo que já considero o meu POVO através do amor CRISTÃO que surge do meu Coração. Portanto, a expectativa não me tirou o sono apenas me encorajou a seguir na totalidade.
Qual a mensagem você deixa para os leitores do site?
CL. ROBERTO: Deixo a todos os leitores o meu agradecimento por participarem de nossa vivência através do SITE, obrigado por celebrar um pouco de minha vida por meio desta entrevista que foi para mim mais um passo de amor e caridade que esta Congregação da Pequena Obra da Divina Providência me proporcionou, através do Clérigo Clayton Munhoz responsável primário desta ferramenta virtual. Enfim, obrigado a todos e que Deus seja constantemente amado, que São Luís Orione possa rogar cada vez mais por esta Congregação e por todas as pessoas a quem prometemos nossas orações. E conto com o auxílio orante de todos vocês meus irmãos e irmãs em Cristo.
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