25 jan Brasil norte – Missão orionita na Amazônia
Da motivação gerada no encontro dos provinciais da América Latina que ocorreu no Rio de Janeiro em fevereiro de 2018, surgiu o projeto missionário “Coração sem Fronteiras”, com o objetivo de colaborar com a Igreja Particular de Roraima no apoio aos refugiados venezuelanos que chegavam no Brasil através da cidade de Pacaraima. Ali começou a presença orionita naquele estado, nesse mesmo ano.
Em 2019, a fim de continuar contribuindo com a missão pastoral daquela diocese, a pedido do bispo diocesano, Dom Mário, os religiosos deixaram a cidade de Pacaraima e passaram a atuar na área missionária Sagrado Coração de Jesus, confiada aos cuidados pastorais do Pe. Sebastião Barros da Silveira, com o apoio do Clérigo Lucas Patrik.
Neste ano, Padre Getúlio Arruda, ordenado na cidade de Lamim-MG no dia 7 de setembro de 2018, foi enviado como vigário paroquial e lá está colhendo os bons frutos das suas primícias sacerdotais. Recentemente, ao lado do Clérigo Lucas Patrick, percorreram aproximadamente 500 km para visitar três comunidades, sendo uma delas em terra indígena. Momento esse que foi relatado pelo clérigo:
“Nossa empreitada começou na madrugada da segunda [20 de janeiro] e terminou na noite da terça [dia 23] . As comunidades ficam na divisa com a Venezuela. Percorremos quase 500 km para chegarmos as comunidades do Ereu e terra indígena Santa Inês, onde o padre celebra uma vez ao ano por ocasião da festa dos padroeiros: Santa Inês e São Sebastião. Uma experiência única. Padre Getúlio pôde conhecer mais de perto a realidade missionária dessa região. A área missionária de Amajari é administrada pelas Irmãs Cordimarianas, que há anos trabalham com as etnias Macuxi e Wapichana“.
Certamente os religiosos orionitas que ali estão têm a oportunidade de ser Dom Orione para todos aqueles que lhes foram confiados, contribuindo também com o desejo do Papa Francisco de se ter uma igreja mais próxima ao povo.
“Queremos ser uma Igreja amazônica, samaritana, encarnada no modo como o Filho de Deus se encarnou: ‘assumiu as nossas dores e carregou as nossas enfermidades’ (Mt 8, 17b). Aquele que se fez pobre para nos enriquecer com a sua pobreza (cf. 2 Cor 8, 9), por meio do seu Espírito, exorta os discípulos missionários de hoje a saírem ao encontro de todos, especialmente dos povos originários, dos pobres, dos excluídos da sociedade e dos outros. Desejamos também uma Igreja madalena, que se sinta amada e reconciliada, que anuncie com alegria e convicção Cristo crucificado e ressuscitado. Uma Igreja mariana que gera filhos para a fé e os educa com afeto e paciência, aprendendo também com as riquezas dos povos. Queremos ser uma Igreja servidora, kerigmática, educadora, inculturada, no meio dos povos que servimos”. (Documento Final do Sínodo Para a Amazônia, nº22)
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