ASSEMBLEIA GERAL DE AVALIAÇÃO FOI CONCLUÍDA EM BONOUA

ASSEMBLEIA GERAL DE AVALIAÇÃO FOI CONCLUÍDA EM BONOUA

19 de outubro

 

COSTA DO MARFIM: DELEGA A MENSAGEM À FAMÍLIA CARISMÁTICA ORIONITA

A ASSEMBLÉIA GERAL DE AVALIAÇÃO FOI CONCLUÍDA EM BONOUA

Hoje termina com a solene Missa celebrada no santuário “Notre Dame de la Garde”, a Assembléia Geral de Avaliação dos Filhos da Divina Providência começou em 12 de outubro. A missa será precedida pela peregrinação da família carismática orionita, à qual se juntarão os fiéis da paróquia “Saint Pierre Clever”, ao túmulo de um dos primeiros missionários da Costa do Marfim Pe. Pierre Réguillon, falecido em 1903 aos 23 anos e 9 meses de sacerdócio.

A paróquia de “Saint Pierre Clever”, onde ocorreu a celebração de abertura da Assembléia, ofereceu aos delegados uma noite cultural cheia de canções, danças, ritmos e cores ontem.

O trabalho dos delegados na Assembléia foi concluído ontem com a redação do texto da mensagem para a carismática Família Orionita que relatamos abaixo.

 

Caríssimos confrades, coirmãs, membros e amigos da grande família orionita. Fomos acolhidos aqui em Bonoua, em Costa do Marfim, com o tradicional “AKWABA”, ou seja, um caloroso “bem-vindo”. Agora, ao final dos nossos trabalhos assembleares, pensamos em compartilhar com todos vocês alguns ecos da nossa “experiencia missionária”. O nosso encontro foi a motivação para dar início aos festejos do 50º aniversário da nossa chegada em terra africana. Queremos, agora, agradecer ao Senhor por esta longa história marcada pela paixão pelos pobres e pela doação pessoal, feita pelos primeiros missionários pioneiros, mas que continua até os dias de hoje. Queremos também agradecer aos nossos confrades da Província “Notre Dame d’Afrique” pela acolhida calorosa e fraterna. Eles foram extraordinários na preparação e nos cuidados, e nos deram a possibilidade de experimentar um dos elementos essenciais da nossa espiritualidade: o espírito de família, valor que Dom Orione quis nos seus filhos desde as origens, e que a Assembleia quis destacar novamente como valor central. Este espírito de família nós o sentimos não somente entre nós, mas também com as Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade, com as irmãs do Instituto Secular e os membros do Movimento Laical Orionita, na pessoa dos seus representantes na Assembleia, na exuberância dos nossos jovens seminaristas, no fervor dos nossos paroquianos e no empenho de todos as pessoas que vimos trabalhando nas várias realidades que visitamos em Bonoua e em Anyama. Aqui, na Assembleia, éramos confrades provenientes dos quatro cantos do mundo; as diferenças entre nós não foram um problema, pelo contrário, contribuíram para suscitar a alegria de ver a riqueza, a sinfonia de vozes que cantam o bem realizado em nome de Deus nas várias línguas e culturas. O XIV Capítulo geral nos pede para ser “profetas fiéis no diálogo com as novas periferias da pobreza e da nova evangelização”. A tarefa da Assembleia foi a de verificar a nossa atual situação. Nas várias apresentações que foram feitas, experimentamos o entusiasmo de ver que, mesmo com as nossas fragilidades e com os nossos limites, a família é viva e dinâmica e, por isto, queremos agradecer a todos vocês que estão à frente no serviço do bem de Deus. Temos obras tradicionais que são ainda faróis de caridade e ao mesmo tempo temos tantas iniciativas novas, à frente dos tempos. O carisma que Deus nos confiou é belo e nos impulsiona até as fronteiras extremas da miséria humana. Por isso precisamos pedir ao Senhor a graça de saber resistir à tentação que nos vem do individualismo típico da nossa época e da consequente queda numa vida acomodada ou no protagonismo auto referencial. Como remédio desejamos relançar a importância da vida fraterna na comunidade, pedra fundamental do nosso ser religioso, e encorajar-nos uns aos outros em utilizar todos os dinamismos que possam favorecê-la. O nosso viver como família fará inevitavelmente nascer em nós o desejo de trabalhar para favorecer o ingresso de novos filhos/irmãos que possam continuar a nossa obra. Daí o nosso compromisso em trabalhar sem nos cansar na busca de novas vocações. Fomos interpelados, também, a ser aquilo que somos: “a primeira missão do religioso é ser religioso e aquela do orionita é a de ser orionita”, isto é, dar o primado a Deus para que d’Ele recebamos a razão do nosso ser e da nossa missão. Esta união com Deus, seguindo a inspiração de Dom Orione e o exemplo de tantos irmãos que nos precederam, é o elemento unificante de todas as dimensões do nosso ser religioso. Tudo o que somos e que fazemos deve ser para “Instaurare Omnia in Christo”. O fato de termos vindo na África nos fez experimentar uma realidade diversa, para muitos de nós, inédita, um modo diferente de viver e de responder às exigências dos pobres. Foi uma experiencia altamente educativa que nos agradaria muito que fosse compreendida e conhecida por todos vocês. Talvez seja este o motivo escondido da nossa mensagem. Sentimo-nos todos chamados a um novo impulso missionário. Cada um de nós deve ser missionário na sua realidade, no sentido que pede Papa Francisco, mas seria belo também ter a possibilidade de fazer alguma experiencia da “missio ad gentes”. Ao término de tudo, confiamos a Nossa Senhora da Guarda os frutos destes dias de trabalho, para que, pela sua intercessão, Deus conceda a cada um de nós a graça da conversão, o fogo do amor, a coragem de consumar-se totalmente por todos.

 

Bonoua, 19 de outubro de 2019.

 

 

 

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