02 jul A FAMÍLIA ORIONITA E O PAPA
Desde a sua mais tenra juventude, Luís Orione, cuja memória é celebrada neste 12 de março, nutria particular afeição pela figura do Papa. A partir de sua origem cristã e católica, cultivada por sua mãe, Carolina Feltri Orione, sempre lutou pela Igreja e seus ensinamentos. Isto sobretudo diante de uma sociedade que se tornava cada vez mais antieclesial, provocando o afastamento das famílias que sempre professaram a fé cristã. No final do século XIX, Luís iniciou sua vida no seminário. Primeiramente adentrou o Seminário de Voghera, dos Franciscanos, e posteriormente o Seminário Salesiano de Valdocco, próximo a Turim. No entanto, foi no Seminário Diocesano de Tortona, nas proximidades de sua cidade natal, que percebeu a necessidade de servir a Igreja e defender seus valores que, na época, eram combatidos por grupos sociais anticatólicos. Assim, teve uma ideia juvenil, que depois se tornara seu ideal: servir a Igreja e conquistar o coração dos fieis por meio da caridade. Sua ideia primordial era unir os colegas de Seminário e fundar a “Companhia do Papa”. Chegou até mesmo a esboçar um projeto e fez muitos encontros com seus colegas do Seminário com a finalidade de sempre exaltar a figura do Sumo Pontífice e valorizar seus ensinamentos. Numa grande reunião, no Teatro de Tortona, organizada pela corporação contra a Igreja e contra o Papa, congregou um grupo de jovens e, entre risadas e assovios, espalhados pela grande plateia, dispersou os participantes, que abandonaram o local e voltaram para suas casas. Dom Luís Orione faleceu no dia 12 de março, em Sanremo.
Os Filhos da Divina Providência, seguindo os passos de São Luís Orione, se propõem viver aos pés da Igreja, com o propósito de servir e atuar em todas as iniciativas do Sumo Pontífice, sobretudo nos períodos ou situações onde a figura do Papa é ultrajada. Os Orionitas então, desde 1906, passaram a professar o 4º voto de especial fidelidade ao Papa, com o dever de vivenciar o Magistério Pontifício e trazer para a Igreja e para o Papa todos os cristãos dispersos.
De fato, numa carta a seus religiosos de 1922, Dom Orione escreve seu programa espiritual, que se torna, o modelo e o programa de vida dos Orionitas ao longo de sua história em todas das décadas e com todos os Sumo-Pontífices. Nela, ele afirma com veemência: “Este é o desejo de minh’alma ardente; mas, antes de tudo, o meu doce o meu maior amor é o Papa, ou seja, Cristo: para mim e para vós, o Papa é o próprio Jesus Cristo: “o doce Cristo na terra”, dizia Catarina de Sena. Amar o Papa é amar Jesus Cristo. Devemos considerar como uma singular graça do Céu o podermos gastar, consumir e dar a vida humildemente e com fidelidade, aos pés da Igreja e pela Santa Igreja, pelos Bispos e pelo Papa”. Ave Maria e Avante!
Texto adaptado: Vatican News
Autor: Pe. Antônio Sagrado Bogaz
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