21 maio A Congregação Orionita é homenageada na Câmara Municipal de Belo Horizonte – MG
Por ocasião das comemorações do centenário da presença da Congregação no Brasil, a Câmara Municipal de Belo Horizonte concedeu, no dia 12 de maio de 2014, o título de Honra ao Mérito à Pequena Obra da Divina Providência. Na solene sessão, que contou com a presença de religiosos, religiosas, seminaristas, amigos e líderes de pastorais e movimentos, recebeu o título, Pe. Erli Lopes Cardoso, pároco da Paróquia Nossa Senhora da Divina Providência. Em seu discurso ao plenário, Pe. Erli ressaltou o espírito missionário de Dom Orione e o bem que a sua obra vem desenvolvendo em terras brasileiras.
Celebrar é fazer memória de um acontecimento e resgatar a importância deste para uma pessoa, uma comunidade ou para o conjunto de uma sociedade. Celebrar é fazer a história e a história se faz a partir dos fatos.
Há 100 anos a Congregação de Dom Orione, a Pequena Obra da Divina Providência, vem escrevendo sua história em terras brasileiras.
No dia 17 de dezembro de 1913, os três primeiros missionários orionitas partiram de Gênova, no Navio San Paolo, em direção ao porto de Santos, no Brasil, onde chegaram no dia 29 de dezembro. Por via ferroviária prosseguiram a viagem e chegaram a Mar de Espanha-MG, no dia 02 de janeiro de 1914.
De Mar de Espanha a Congregação ganhou as terras brasileiras.
Em Belo Horizonte a história da Congregação começou a ser escrita em 25 de janeiro de 1949, quando assumiu a direção do Lar dos Meninos, hoje situado no bairro São Luiz, onde também está o Seminário Dom Carlos Sterpi, onde se formaram inúmeros sacerdotes orionitas.
A Paróquia Nossa Senhora da Divina Providência, situada entre os bairros São Luiz e Ouro Preto, também faz parte dessa história. A pedido do então Arcebispo, Dom Antônio Cabral, os religiosos orionitas passaram a dar assistência religiosa ao povo da região, num dos pavilhões do Lar dos Meninos, e no dia 15 de maio de 1949 ele criou a Paróquia Nossa Senhora da Divina Providência. A história da Paróquia está registrada no memorial situado na gruta de Nossa Senhora, anexo à Igreja Matriz. Hoje, a Paróquia é composta, além da Igreja Matriz, as comunidades: Santa Ana, Santa Terezinha, São Geraldo, Nossa Senhora Aparecida, Vila Paquetá e Santa Marcelina. Registra-se também a presença de três comunidades religiosas femininas: as Marcelinas, Servas Reparadoras e Dorotéias, além da comunidade formativa dos estudantes de Teologia. São aproximadamente 30 pastorais, serviços e movimentos.
Dizia Dom Orione: “No Brasil não procuro ouro, mas os seus filhos mais pobres e mais necessitados de Deus”.
Um olhar atento à história, desde o início da missão, faz-nos desvelar e compreender melhor o projeto de Deus, que se manifestou na coragem e determinação dos primeiros missionários orionitas, na fadiga e nos imensos desafios encontrados e no grande bem que realizaram impulsionados pelo ardor apostólico de São Luis Orione. O envio para terras brasileiras dos primeiros missionários da Pequena Obra, realizado há 100 anos, foi sobretudo um ato de confiança na Divina Providência, de grande amor à Igreja e ao povo de Deus por parte de nosso Pai fundador, São Luis Orione.
Naquele humilde início da atividade missionária fora da Itália, que marcava o abrir-se do caminho, agora já bastante longo, realizado pela Congregação em muitas nações, atuava o secreto elã de sua alma apostólica, realizava um dos mais esperados passos de seu peregrinar para fazer o bem.
A missão no Brasil foi a porta aberta pela Divina Providência para a Pequena Obra na América Latina. Dom Orione, como é de costume acontecer com as obras de Deus, subscreveu este nascimento com as lágrimas do coração e com o sacrifício dos seus religiosos mais ardorosos.
Para o Brasil, para a preservação e conservação da fé cristã, para a salvação dos seus filhos mais abandonados e pobres, o apóstolo da caridade conheceu as ânsias e as esperanças, a alegrias e as angústias dos pioneiros, comunicando aos seus religiosos e sacerdotes aqui enviados a paixão do renascimento espiritual do nosso povo.
Esta homenagem, que esta egrégia casa presta à Congregação Orionita, é também um tributo e reconhecimento a São Luis Orione, aos seus ideais de homem de Deus, aos seus sacrifícios, e àqueles nomes, conhecidos ou não, que realizaram o ideal por primeiro, superando dificuldades, vencendo obstáculos, sacrificando a juventude, capacidade e vida, animados pelo brado do nosso Pai e Mestre: Almas e Almas.
Muito obrigado! Deus abençoe a todos!
Pe. Erli Lopes Cardoso
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