MEMÓRIA: VENERÁVEL IRMÃ MARIA PLAUTILLA

MEMÓRIA: VENERÁVEL IRMÃ MARIA PLAUTILLA

Hoje celebramos a memória da Venerável Irmã Maria Plautilla, que fez sua Páscoa no dia 05 de outubro de 1947. Seu nome de batismo era Lúcia Cavallo, nasceu em Roata Chiusani, em 18 de novembro de 1913. Foi religiosa das Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade e importante rosto do amor aos pobres e mais necessitados. Passou sua breve existência como enfermeira na enfermaria do Pequeno Cotolengo Dom Orione de Gênova, Paverano – Itália.
Lúcia tinha 12 anos de idade quando sua mãe morreu e logo cedo começou a não pensar em si mesma, mas cuidar dos irmãos e da casa. Sempre pensava em doar-se totalmente ao Senhor. Em 1933 chegou ao seu pároco a carta das Irmãs de Dom Orione à procura de vocações, chegou para ela a hora marcada pela Providência. Desde cedo participava todos os dias da Santa Missa e comungava diariamente, apesar de viver num contexto espiritual ainda marcado por traços do Jansenismo. No dia 3 de novembro de 1933, Lúcia deixou tudo para ir à “Casa Mãe” das Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade, em Tortona – Itália. “Vou, para ser santa a custo de qualquer sacrifício, para levar Jesus a quem ainda não o conhece”, como escreveu no seu singelo diário. Recebeu o nome de “Maria Plautilla” e no dia 7 de dezembro de 1937 emitiu os votos religiosos nas mãos de São Luís Orione.
O setor do Pequeno Cotolengo de Gênova – Paverano, se torna para a Irmã Maria Plautilla a família, o convento, o altar, a Igreja, a missão, tudo, porque ali estava o Senhor, o seu tudo. Sabia unir o zelo e a competência técnica no seu trabalho, a suave doçura e a caridade solícita. Sorridente, com a oração nos lábios, atenta, havia palavras de encorajamento e de Fé para os doentes, parentes e co-irmãs.
Generosíssima e esquecida de si mesma, prolongava livremente o seu serviço em muitas noites assistindo aos doentes. Se dedicou também à catequese para crianças com dificuldades. Não faltou quem, ao vê-la, a definiu como “Dom Orione com hábito de freira”, tanto que o espírito de Orione encontrou nela uma interpretação feminina, fiel e exemplar.
O despojamento de sua vida, já manifestado na obediência precisa e serena e no serviço aos doentes de corpo e de mente, assumiu o caráter de martírio no fim de sua vida. Um heroico e instintivo gesto de caridade para salvar uma doente perigosamente exposta no parapeito da janela, rompeu totalmente as forças do seu coração já muito debilitado pela doença. No dia 14 de agosto de 1947, depois de meses de sofrimento, recebeu a Unção dos Enfermos e no dia seguinte fez a Profissão Perpétua. Em 5 de outubro de 1947, veio a falecer.
Conhecendo esta irmã, muitas co-irmãs e pessoas de todas as classes sociais compreenderam o que significava a “espiritualidade do trapo” transmitida por Dom Orione como via de santificação. Irmã Maria Plautilla encarnou o carisma de São Luís Orione, que na Congregação das Irmãs Orionitas se expressa através de um voto especial de caridade. A Venerável é um exemplo muito luminoso de caridade cristã porque com toda a sua vida demonstrou que “só a caridade salvará o mundo”, como costumava repetir São Luís Orione.
Em 1° de julho de 2010, o Papa Bento XVI autorizou a Congregação para as Causas dos Santos a promulgar o decreto reconhecendo as suas virtudes heroicas, declarando-a Venerável. Com o seu serviço diário e alegre, Irmã Plautilla transmitiu uma mensagem cheia de amor, fraternidade, otimismo cristão, alegria e aceitação da vontade de Deus.
Tudo isto emerge com força na “Positio Super Virtutibus”, isto é, o resumo da documentação que comprova as virtudes heroicas da Serva de Deus no processo de ser reconhecida como Venerável, que recolhe os testemunhos de quem a conheceu e em particular dos médicos e irmãs que compartilharam com ela o árduo trabalho no Cotolengo.
Pedimos com confiança a intercessão de Ir. Maria Plautilla pelas graças que necessitamos e roguemos a Deus pela sua beatificação. Ave Maria e Avante!
Imagens e texto adaptado: www.suoredonorione.org
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