29 ago 01 ANO DE FALECIMENTO DO IRMÃO AFFONSO FAUSTINO
Caríssimos Confrades, irmãos, filhos da Divina Providência,
“Abramos a todos os irmãos e a toda gente o mundo novo e fraterno.” (São Luís Orione)
Hoje dia 29 de agosto fazemos memória do primeiro ano de falecimento do nosso Irmão Affonso Faustino, e como religiosos Orionitas, filhos da Divina Providência, expressamos mútua caridade pelo sufrágio dos confrades (cf. Norma 43). E em sua memória gostaria de partilhar o testemunho espiritual daquele que muito amou e buscou viver de Dom Orione por 71 anos e 66 de profissão religiosa.
Irmão Affonso Faustino, filho de Avelino Veríssimo e Maria Isabel de Jesus, nasceu em São Caetano de Xopotó/MG, ingressou na Pequena Obra no dia 18 de abril de 1949, na cidade de São Julião/MG, professou os primeiros votos em 11 de fevereiro de 1951, em Paraíba do Sul/RJ. Como irmão religioso trabalhou em diversas comunidades religiosas de nossa Província, Província Nossa Senhora da Anunciação – Brasil Sul/Moçambique. Retornou ao Pai em 29 de agosto de 2022, na cidade de Rio Claro/SP.
Durante sua formação religiosa, Irmão Affonso se dedicou aos encontros Intercongregacionais (grupo de estudo e partilha) dos Irmãos Religiosos (CRB-SP), colaborando na fundação com o Padre Gervásio Fabri. Hoje, tal grupo é formado pelos Religiosos Irmãos Jesuítas (SJ), Orionitas (PODP) e Missionários do Sagrado Coração (MSC), que continua a se encontrar trimestralmente. Em seus últimos anos Irmão Affonso arquivou todos os seus documentos e deixou os seus três “testamentos espirituais”: 1º: Compromisso Vocacional; 2º: Conhecimento do Santo Fundador e da Congregação; 3º: Não ser um peso para a comunidade religiosa (cf. Arquivos Provinciais).
Auxiliado pelo Espírito Santo, nosso confrade viu florescer na Igreja do Brasil e da América Latina a missão do Irmão Religioso, entendendo que não estava inserido em uma hierarquia e ofereceu com maior liberdade “o rosto da Igreja próxima, pobre e fraterna”. Em seus estudos acadêmicos cursou serviço social e por meio da sua atuação profissional alcançou com maior facilidade àqueles que muitas vezes estavam distantes do Evangelho e da dignidade humana.
Sendo Irmão – na época taxado como coadjutor –, entendeu que o Religioso Irmão em comunhão com o Concílio Vaticano II deveria agir como profeta e agente da Instituição Eclesial (Igreja e Congregação), sendo sinal vivo no meio do povo de Deus, da sociedade e da comunidade religiosa; a esta última todos os Irmãos são convocados a lembrar aos irmãos presbíteros do primeiro aspecto da Vida Religiosa Consagrada: A Profissão dos Conselhos Evangélicos, que antecede a dimensão presbiteral.
Somos religiosos! Em minha última conversa com o Diretor Geral ele manifestava a preocupação de nos tornarmos “simples diocesanos”. Afinal, em nosso meio, pude testemunhar que muitos sacerdotes possuem uma grande e genuína vocação à VRC, contudo, tantos outros acabam esquecendo-se de aprofundar-se na dimensão de fazer parte de uma comunidade religiosa. E neste ponto, na década de 70, o Irmão Affonso testemunhou o movimento de religiosos que desejavam voltar às fontes e diversas vezes se questionou sobre a fraternidade, a qual é a base fundamental do ser religioso. A base: primeiro, religiosos, ademais é consequência.
Por fim, devemos entender que a presença do Irmão Affonso e de todos os irmãos religiosos em uma Congregação deve ser de contribuição, de modo eficaz e original, para o desenvolvimento carismático, místico e missionário da Igreja no plano de Evangelização. É preciso buscar de forma imediata a vivência da vida fraterna, a comunhão com os confrades e a construção do Reino de Deus, aqui e agora. Peçamos ao bom Deus que conceda ao nosso confrade, Irmão Affonso, o descanso e a luz perpétua e que nosso Pai Fundador interceda por cada um nós, a fim de que sejamos verdadeiros irmãos. Afinal, disse o Senhor: “vós sois todos irmãos” (Mt 23,8).
Autor: Irmão Josenildo Amorim Ferreira – religioso Orionita
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