O coração de Dom Orione

 

Relíquia do coração de São Luís Orione

 

“Aquele teu coração, Dom Orione…” é o titulo de um livro de Dom Gaetano Piccinini que narra tantas iniciativas de bem do fundador da Pequena Obra da Divina Providência.
 
Uma vez, Dom Orione escreveu uma carta para explicar a um jovem quem ele era e para apresentar a sua Congregação: “As minhas regras vocês não conhecem, mas conhecem sim a minha vida e a finalidadedo meu trabalho: nada para mim, tudo para Deus e à Santa Igreja Romana, e qualquer sacrifício para fazer-me santo e salvar e consolar as almas dos meus irmãos. Um coração sem fronteiras, dilatado pelo amor ao meu Deus, JesusCrucificado”.
 
Sobre o coração de Dom Orione se concentrou a atenção e a admiração de tantas pessoas pobres e ricas, iletradas e eruditas, leigas ou eclesiásticas, crentes e não crentes. Don Primo Mazzolari descreveu a sua personalidade em três linhas: “Um coração sem fronteiras, porque amava detodo o jeito. Uma mente sem preconceitos, porque acreditava verdadeiramente. Uma atividade sem medos, porque confiava na força do bem”.
 
Também Don Ernesto Buonaiuti, pensador e escritor excomungado pelas suas idéias modernistas, foi ajudado como um irmão por Dom Orione. Escreveu agradecendo pelo “teu infinito e pronto socorro e bondade. Deus abençoe o teu coração!”.
 
O grande escritor e sacerdote, Don Giuseppe de Luca viu em Dom Orione “um coração que foi verdadeiramente um fogo, um dos mais belos fogos destes decênios da nossa vida tão árida, tão cruel”.
 
Paulo VI observou: “Nada disto que é humano é estranho para mim. Esta é a capacidade do coração de Dom Orione, este é o programa das suas obras: nada é estranho”.
João Paulo II afirmou que Don Orione «teve a têmpera e o coração do Apóstolo Paulo, terno e sensível até às lágrimas, infatigável e corajoso até à ousadia, tenaz e dinâmico até ao heroísmo…”.
 
O segredo daquele coração é revelado pelo próprio Dom Orione quando escreve: “Sinto uma grandíssima necessidade de lançar-me no Coração do nosso querido Senhor crucificado e de morrer amando-o e chorando de caridade… e abraçar todas as almas e salvá-las todas, todas”. Os mais pobres, os pequenos, os sofredores que devem ser levados à Igreja e ao Papa foram a paixão do seu coração. O zelo pelas Almas impulsionou-o a ser missionário na própria pátria e além mar.
 
O coração de Dom Orione encontra-se conservado numa relicário na capela do Pequeno Cotolengo de Claypole, arredores de Buenos Aires, na Argentina.