Irmãs orionitas instalam suas tendas em Tururu no Ceará

Irmãs orionitas instalam suas tendas em Tururu no Ceará

Irmãs Orionitas iniciam uma nova atividade missionária em Tururu no Ceará

 

No dia 6 de Outubro de 2016, as PEQUENAS IRMÃS MISSIONÁRIAS DA CARIDADE – Irmãs Orionitas, foram acolhidas oficialmente na Diocese de Itapipoca, especificamente para o trabalho pastoral e evangelizador na Paróquia Nossa Senhora da Conceição em Tururu. Dom Antônio Roberto Cavutto, Bispo Diocesano de Itapipoca, abençoou a residência das Religiosas. Em seguida, presidiu a Santa Missa Concelebrada pelo Pároco da referida Paróquia, Pe. José Raimundo e concelebrada pelos orionitas Pe. José Maria da Cunha ( Pároco da Paróquia São Francisco – Itapipoca), Pe. Jorge Henrique Rocha ( Conselheiro Província Brasil – Norte), Pe. Wenderson Rocha, (Reitor do seminário orionita de Rio Bananal – ES). Também se fizeram presentes e concelebraram os seguintes padres da Diocese de Itapipoca: Pe. Régis Araújo, (Reitor do Seminário Propedêutico de Itapipoca – Seminário São João Paulo II), Pe. Jr ( Vigário da Paróquia São Francisco de Assis – Itapajé) e Pe. Marciano( Pároco da Paróquia São José de Canaã). Contamos também com a presença das religiosas, dos seminaristas, vocacionados (as) e um grupo grande de paroquianos que foram acolher as irmãs – “Pequenas no nome, mas grandes na caridade”!

Um pouco de História das PIMC

São Luís Orione, fundador da Pequena Obra da Divina Providência, fundou dois ramos de famílias religiosas lá no norte da Itália, na cidade de Tortona, para servir a Deus, a Igreja e a humanidade: o masculino e o feminino. O ramo feminino ele denominou de “Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade” (PIMC), nascido aos 29 de junho de1915. O ramo das irmãs compõe-se de comunidades de vida ativa e comunidades das Irmãs Sacramentinas. Duas comunidades de ação missionária diversificada para servir na fidelidade a Deus e promover a comunhão com o povo de Deus, na Igreja e na sociedade, em todos os cantos da terra, mediante o carisma de São Luís Orione.

Confiou ao Instituto feminino um vasto campo de apostolado a serviço dos pobres, dos enfermos (físicos, mentais e morais), dos pequeninos, das crianças abandonadas ou em perigo, dos filhos de trabalhadores, dos jovens em dificuldades, da catequese às multidões famintas de Deus. Em pouco tempo multiplicaram-se as jovens na recém fundada Congregação, novas casas foram abertas, muitas partiram em missão a outros países, até a formação das 5 Províncias e 1 Delegação que hoje compõe a nossa Congregação.

Luís Orione, impulsionado pela caridade, dizia: “o nosso coração é para ser um altar onde arda o fogo inextinguível da divina caridade”. O ponto focal da espiritualidade de Dom Orione é a Cruz, como grande sinal de salvação da humanidade; Jesus Crucificado o único mediador entre Deus e os homens, a imagem visível do Deus invisível. Fundamenta também sua espiritualidade numa piedade iluminada pela luz de Jesus presença viva no Santíssimo Sacramento do Amor. Tem a sua vida marcada pelo profundo amor e confiança em Maria, a quem entregou toda a sua vida e suas famílias religiosas, para que continuem a fundação que ele iniciou.

Um ponto forte em sua espiritualidade é a obediência e fidelidade à Igreja. É uma espiritualidade permeada de espírito evangélico, interpretada poeticamente: “tenhamos firme o nosso olhar e inabalável o coração na divina bondade… para nós o ponto central do mundo é a Igreja de Cristo, nascida do lado traspassado de Cristo”.

Foi o Espírito Santo quem iluminou o sacerdote Orione e o faz entender a importância do serviço do Papa e dos Bispos na Igreja e em consequência a importância da ação da Igreja num mundo secularizado. Suas seguidoras e seguidores testemunham o amor e a fidelidade à Igreja através da evangelização ao lado dos mais pobres e excluídos da sociedade. Uma intuição para responder o chamado de Deus e evidenciar os valores da unidade de Cristo em comunhão com o corpo Místico de Cristo através da fidelidade ao seu Vigário na terra na maior sintonia com a missão evangelizadora da Igreja, mediante a Caridade.

Sua espiritualidade é plenamente permeada e fundamentada na confiança à Divina Providência.

O instituto é uma organização de Direito Pontifício, aprovada em 1965. Foi constituído em Províncias religiosas, atualmente distribuídas assim: Itália, que compreende a missão na Romênia; Polônia, com uma comunidade na Ucrânia; Argentina, incluída pelos países de Uruguai e Paraguai; Brasil, que inclui duas comunidades no arquipélago cabo-verdiano – África Ocidental; Chile que se estendeu até o Peru; a Delegação de Madagascar; além dos países de Quênia, Costa do Marfim, Togo e Filipinas, com grupos menores de membros e de comunidades.

A caridade das filhas de São Luís Orione, por serem sem fronteiras, conforme ele almejava, variam para responder as necessidades e desafios dos tempos e lugares e são realizadas em creches, centros educacionais, asilos, cotolengos (crianças e jovens portadores de necessidades especiais nas dimensões físico-mental), escolas, serviço pastoral e social, missões, também “ad gentes”, e ao mesmo tempo permanece sempre aberta para acolher as novas pobrezas que surgem no decorrer dos tempos.

As Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade encontram-se no Brasil desde 1949, quando o Instituto enviou as primeiras missionárias à nossa terra. Realizam sua ação apostólica junto aos empobrecidos: missão “ad extra” e “ad intra”, junto às crianças e adolescentes em situação de risco, creches, moradores de rua, MST, Pastoral carcerária, Pastoral dos cortiços, Pastoral da criança; junto a portadores de necessidades especiais e idosos.

A Província religiosa Nossa Senhora Aparecida é constituída de religiosas brasileiras e cabo-verdianas. Dom Luís Orione deixou à humanidade um exemplo de amor e caridade, ensinando e mostrando com sua vida e obras que “só a caridade salvará o mundo”, cuja caridade consiste em: “Fazer sempre o bem, o bem a todos, o mal nunca a ninguém”; esta é uma das expressões que fala muito forte em sua vida de testemunho de seguimento de Cristo, pois como ele sempre dizia, “no mais miserável dos homens brilha a imagem de Deus”. Aos que foram chamados a servir nesta família religiosa, ele insistia uma vida na perfeita alegria, plena de doação de si a Deus e aos irmãos.

Ele foi um e continua naqueles que seguem um homem apaixonado por Jesus, pelos pobres, pela Igreja, por Maria; fez de sua vida um constante hino de caridade, nas palavras, nos escritos e principalmente na ação.

São Luís Orione foi beatificado pelo Papa João Paulo II no dia 26 de outubro de 1980 e canonizado no dia 16 de maio de 2004. É um santo atual, modelo para todo cristão ou cristã que leva a sério sua vocação de filho-filha de Deus.

 “Eu vos envio em nome de Deus em todos os lugares. Onde chegardes, semeai a caridade. O mundo não quer palavras, mas gente que saiba dar a vida pelo próximo”. O Fundador numa de suas visitas ao Brasil, em visita ao Corcovado, aos pés do Cristo Redentor, proferiu estas palavras de honra e fidelidade ao povo brasileiro: “O que eu não fizer em vida pelo Brasil, fá-lo-ei do Céu”. Acreditamos que tal promessa esteja dando significado e consistência à missão das orionitas nesta linda terra, formada e habitada por multas raças.

Nove anos depois da sua morte, no dia 23 de março de 1949, chegavam ao Brasil as primeiras Irmãs Orionitas para dar continuidade à missão iniciada pelo Fundador São Luís Orione. Elas vieram da Argentina e eram provenientes de diversas nações: Irmã Maria Adriana e Irmã Maria Conélia, de origem italiana e Irmã Maria Leônia, uruguaia. Foram habitar em Belo Horizonte, onde atuavam os Filhos da Divina Providência desde 1948 no Lar dos Meninos, situado na Pampulha. Em abril do mesmo ano chegaram as primeiras vocacionadas: Anastácia e Irene Carvalho que, mais tarde, foram as primeiras orionitas brasileiras e que receberam o nome de Irmã Maria Conceição e Irmã Maria de Fátima.

Os desafios encontrados pelas pioneiras desta Província forma muitos: o clima, a língua, a alimentação, a falta de conhecimento dos costumes do povo e da realidade brasileira, porém elas foram sempre encorajadas pela confiança na DivinaProvidência, a união com Jesus na Santíssima Eucaristia e a comunhão fraterna, sustentáculos inseparáveis de suas vidas e missão.

Em setembro de 1953, a missão Orionita estendeu-se também para o norte brasileiro, para onde foram as Irmãs Maria Clotilde Angeleri, Maria Afra Menegatti, Maria Teofana Tarini e Maria Leônia Gimenz. Elas se deslocaram para realizar um novo serviço de caridade na pequena cidade deTocantinópolis-To (antigo norte goiano), terra rica em recursos naturais, mas carente de infra-estrutura social e econômica; lugar onde a pobreza e a doença conviviam com gerações e mais gerações de analfabetos.A região contava com as mais elevadas taxas de mortalidade geral e infantil, indicadores da baixa qualidade de vida.

A economia era de subsistência, baseada na agricultura, na caça, na pesca e no extrativismo vegetal com a exploração do coco babaçu, atividade bastante praticada pela mulher, as famosas quebradeiras de coco. Naquele rincão faltavam estradas; os meios de transportes eram os de navegação fluvial, ou nos burros e, em alguns casos particulares, com os aviões da FAB. Na cidade faltava luz elétrica, água encanada e saneamento básico. Foi junto àquela população carente que as Irmãs iniciaram a evangelização concretizada através da saúde e da educação.

Com o passar dos anos, foram abertas outras comunidades em diversas cidades tanto da região, como também de outros Estados.

As constantes mudanças ocorridas no Brasil nos últimos anos têm ocasionado alterações significativas no quadro social, fator que tem contribuído para o surgimento de novas formas de pobrezas, desafiando à Igreja a dar respostas novas, cujo apelo é, sem dúvidas, nova convocação também para as Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade. Diante destes desafios, as Irmãs procuram deixar-se interpelar pelo critério do Deus libertador, procurando exercer sua missão junto aos sofredores de rua (meninos e adultos), aos favelados, aos moradores de cortiços, aos sem terra e às vítimas da exclusão social, encontradas à margem da coletividade. Hoje somos uma Província religiosa com 116 Irmãs espalhadas no Brasil, em 18 comunidades, das quais duas encontram-se em Cabo Verde, África Ocidental e um pequeno grupo das Sacramentinas Cegas.

Quer conhecer um pouco melhor nossa congregação? Já pensou em ser uma freira e se dedicar aos mais pobres e necessitados? Então venha ser uma orionita!

 

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