12 set Relíquia com sangue de São Luís Orione é venerada na Catedral de Criciúma (SC)
Durante esta semana, de 24 a 31 de agosto, a Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Siderópolis, vivencia a passagem da relíquia com o sangue de São Luís Orione, fundador da Congregação da Pequena Obra da Divina Providência. Nesta quarta-feira, 27, a Catedral São José teve a graça de acolher o relicário, na presença do bispo da Diocese de Balsas (MA), Dom Enemésio Lazzaris, orionita e natural de Siderópolis.
A relíquia chegou por volta de 14h30min e a santa missa teve início às 15 horas, presidida por Dom Enemésio e concelebrada pelos padres orionitas Claudio Peters, Paulo Damin e pelo pároco, padre Antônio da Silva Miguel Júnior. “É uma tarde muito especial para nós. Acolher as gotas de sangue de um santo é importante para nós que cremos, para nós que temos fé”, salientou padre Júnior, que acolheu com alegria o bispo, padres e toda a assembleia.
Dom Enemésio, que desde 2008 está no Maranhão, manifestou sua satisfação em visitar a terra natal, mais ainda por ocasião da celebração da memória de Dom Orione, com parte do sangue que circulava em suas veias. O corpo do santo está incorrupto e sepultado na cripta do Santuário Nossa Senhora da Guarda, em Tortona, Itália. O sangue foi tirado pouco tempo antes de sua morte, para um exame. Conforme o pároco de Siderópolis, padre Claudio Peters, que no início da missa falou sobre a vida de Dom Orione, a relíquia que percorre todo o Brasil ficará em Cotia (SP), no santuário orionita dedicado ao santo.
“A presença do sangue de um santo deve nos fazer pensar na vida do próprio Dom Orione, um sacerdote que amou imensamente a Igreja, sobretudo o Papa Pio X, que o acolheu e ajudou a dar os primeiros passos na congregação”, refletiu Dom Enemésio sobre o santo italiano canonizado em 16 de maio de 2004.
“São Luís Orione tudo fez para defender o sumo pontífice. Tinha grande consideração pelos papas que conheceu. Outro grande amor de Dom Orione era Nossa Senhora Mãe da Divina Providência: ele a considerava a ‘celeste fundadora’. E seu terceiro grande amor eram os pobres. Jesus, Maria, o Papa e as almas. Ele sempre dizia que gostaria de tampar a boca do inferno para que ninguém caísse nele. Dom Orione sempre lutou em favor dos pequenos, pobres e marginalizados. Nos terremotos, recolhia pessoas mutiladas e levava-as para as escolas, instituições. Ele adorava Jesus na Eucaristia, passando noites aos pés do sacrário, pois amava o Cristo sofrido, crucificado”, relatou Dom Enemésio.
Segundo o bispo, “Renovar tudo em Cristo”, lema adotado por São Luís Orione – o mesmo de São Pio X – para a congregação, refletia seu desejo de renovar, de transformar o mundo para Deus, sobretudo através da caridade. “No mais miserável dos pobres brilha o rosto de Deus”, parafraseou o santo. Em sua homilia, Dom Enemésio disse que as obras de caridade que acolhem crianças, jovens, idosos e deficientes “são verdadeiros púlpitos de oração” e afirmou que “a prática da caridade evangeliza muito mais que muitas pregações”.
“Que a presença do sangue de São Luís Orione em nosso meio seja para nós não só uma memória, uma lembrança, mas, conhecendo a vida dos santos e sabendo quem foram, que procuremos também segui-los. Se admiramos Jesus e os santos, que os sigamos! É um momento para renovar o fervor em nossas veias e em nosso coração para que se confirme sempre mais amor por Jesus, por Nossa Senhora, pela Igreja e pelos pobres”, pontuou o bispo.
Fiéis pedem a intercessão de São Luís Orione
Diante da relíquia com o sangue, muitas pessoas aproveitaram para pedir a intercessão do santo para suas necessidades. “Eu fiz meu pedido, pois tenho problemas na família e filhos doentes. Pedi a Deus muita união e agradeci a presença do sangue de São Luís Orione”, conta Laudate Lorenzon, que há muito tempo é devota do santo.
Por motivos de saúde, são muitos os pedidos, como é o caso da senhora Atelvina Biliere, que já conhecia a história do santo, pois morou em frente ao Seminário de Siderópolis quando este estava sendo construído. “Pedi intercessão, pois estou com muitas dores nos joelhos, problemas de coração e diabetes”.
A ministra da Eucaristia Iolanda Milioli, que segurou a relíquia durante a passagem dos fiéis para tocá-la, disse estar emocionada. “É uma alegria estar aqui para servir a Deus como ministra e na presença da relíquia, pedi saúde para minha família e em especial por minha nora, que sofreu uma parada cardíaca, mas já passa bem”, disse.
Após a missa, a relíquia permaneceu para veneração na Catedral até às 18 horas, quando foi levada novamente à Siderópolis.
Sorry, the comment form is closed at this time.