23 mar Ouro Branco, passagem da Relíquia do Sangue de Dom Orione
Visita da Relíquia de São Luis Orione em Ouro Branco
Ouro Branco, MG. No dia 21 de Março, às 18:30 já se encontrava repleta a Matriz de Santo Antônio para aguardar a Relíquia que vinha de Juiz de Fora, trazida pelo Pe. Luiz Carlos da Cruz. A expectiva grandiosa da chegada foi vivida entre orações e cânticos. Às 19hs ela fez ingresso na Matriz ao som do hino de São Luis Orione. Grande ovação da parte dos fiéis, seus olhares cheios de fé e contentamento em poder tocá-la e apresentar um pedido de bênção para a família e a cidade. O presidente da celebração, padre Ilídio, em tom próximo e familiar trouxe o programa espiritual e as virtudes do Apóstolo da Caridade. Ao final da celebração a Relíquia ficou exposta para ser reverenciada pelos presentes.
A programação teve continuidade na celebração do sábado a noite, como também nas missas dominicais do dia 23 de março.
“Este foi um momento de graça para a nossa Comunidade Paroquial e toda Ouro Branco, que o sangue de São Luis Orione, imprima em nós a busca da caridade, a luta pela paz, concórdia e justiça, sobretudo o grande empenho de viver a fé e o amor.”
(Comunidade Religiosa de Ouro Branco)
Neste dia 24 a Relíquia inicia a peregrinação pelas atividades orionitas em Belo Horizonte e prosseguirá, no seu itinerário pela Província Brasil Norte, para Morada Nova e posteriormente para Brasília, Goiânia, Vila Velha, Rio Bananal, Niterói, Rio de Janeiro, Caucaia, Itapipoca, Ananindeua, Tocantinópolis, Araguaína, Palmas, Poxoréu, Buritis, Porto Velho, Valença, Mar de Espanha.
Recentemente foi publicada uma entrevista de Dom Flávio sobre a Relíquia, com o título “O Sangue de Dom Orione escorre ainda: Quatro perguntas ao Superior geral”
1) Pe. Flávio, que significado tem apresentar para a veneração dos fiéis o sangue de um santo?
Sabemos que o sangue, na cultura e na linguagem popular, indica a pessoa, a sua identidade, a sua vitalidade e energia. “Dar o próprio sangue” significa sacrifício e dom de si mesmo por amor. “Somos do mesmo sangue” indica a mesma descendência, a pertença à mesma família. O valor simbólico do sangue sempre foi muito forte, para todos os povos. Para nós, cristãos, o “preciosíssimo sangue de Jesus”, tem certamente um valor inestimável porque é o dom da sua vida e do seu Espírito. Foi derramado na sua paixão e morte e incontáveis vezes se torna presente em todo o mundo mediante as palavras da celebração eucarística: “Este é o meu sangue derramado por vós e por todos”. O sangue de Dom Orione, conservado e exposto no relicário, é uma relíquia insigne e torna presente todos estes significados: a sua vida generosa e sacrificada pelos irmãos, o espírito que o animava e que transmitiu aos seus discípulos. O seu sangue é, portanto, uma convocação histórica e espiritual para a veneração do santo da caridade, que direciona o culto a Deus, artífice e conteúdo da vida santa de Dom Orione.
2) Como é possível que o sangue de Dom Orione tenha se conservado até hoje?
Dom Luís Orione, nasceu em Pontecurone (Itália) em 1872 e morreu em San Remo, em 12 de março de 1940. Um infarto parou o seu coração, enquanto sussurrava “Jesus, Jesus, Jesus, estou indo”. Enquanto vivia, Dom Orione já era considerado pelas pessoas como um santo. Muitos sentiam e manifestavam por ele tanta admiração, tanto afeto e devoção. Por isto, muitos conservavam como recordação preciosa alguma coisa dele: uma carta, uma foto, um lenço, de tudo, temos até testemunho de que alguém conservava os seus cabelos cortados na barbearia. Foram também conservadas com devoção algumas ampolas de sangue colhido em momentos de consultas médicas para exames terapêuticos de rotina e de controle. Um pouco deste sangue, cuja autenticidade foi comprovada numa perícia executada em 2004 por um anatomista e patologista da Universidade de Gênova, foi tratado para retornar à forma líquida e colocado num nobre relicário e assim ser exposto para a devoção pública dos fiéis.
3) Por que se veneram as relíquias dos santos?
Na Igreja, a veneração do corpo dos santos e das suas relíquias é muito antiga. Além de exprimir o afeto por “algo que resta” do santo, esta devoção exprime a fé de que também o corpo participa da glorificação da ressurreição. Ver o sangue de Dom Orione ajuda a ter com ele um diálogo espiritual, a abrir-se a ele de modo confiante e com pensamentos frutuosos de bem e de caridade, ajuda a rezar e a entrar em comunhão com Deus.
4) Na relíquia Dom Orione está ainda em nosso meio?
Sim, a relíquia do sangue é um sinal físico da sua presença. Porém o sangue de Dom Orione está hoje, sobretudo, no seu carisma. É o seu carisma que continua a escorrer e a dar vitalidade e consanguinidade a muitas pessoas em todo o mundo. O sangue de Dom Orione escorre na vida de religiosos, irmãs e leigos presentes em 30 nações do mundo, que tem em seu coração o espírito de caridade e de amor à Igreja que fez bater forte o coração de Dom Orione, “um coração sem fronteiras porque dilatado pela caridade do meu Deus, Jesus Crucificado”. “Ó Igreja verdadeiramente católica, como gostaria de fazer do meu sangue e do meu amor um bálsamo para confortar as tuas dores e para ser derramado sobre as chagas dos meus irmãos!”. A veneração do sangue de Dom Orione leva, portanto, à imitação e à comunhão espiritual com ele e com os seus ideais evangélicos.
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