28º SEMANA DO MIGRANTE

“16 a 23 de Junho de 2013”.

Porque a Semana do Migrante?  Em 1969 Papa Paulo VI manifesta e determina que tenha anualmente um dia dedicado a celebrar a vida do migrante. A Igreja do Brasil acolhe a proposta e realiza em 1980 a Campanha da Fraternidade com lema: “PARA ONDE VAIS”? Acolhendo esta temática os Padres e Irmãs da Congregação de São Carlos Borromeo –SCALABRINIANOS – funda-se em 1985 o Serviço Pastoral dos Migrantes-SPM, com sede no Bairro Ipiranga – São Paulo. Portanto, no ano seguinte no mês de Junho passou-se a celebrar a semana do migrante.

Caminhando para a 28ª Semana do Migrante – 16-23 de Junho, o Serviço Pastoral dos Migrantes nos convida a dar uma atenção especial aos passos de nossos jovens. Em sintonia com a Campanha da Fraternidade 2013, sobre Fraternidade e Juventude, retoma e aprofunda, na perspectiva das migrações com o lema: “Migração e Juventude – No Passo da Estrada o bem viver!”.

De acordo com a OIM – Organização Internacional das Migrações – existem cerca 214 milhões de migrantes internacionais no mundo e os jovens são a maioria entre estes imigrantes. Os subsídios oferecidos para esta semana revelam aos nossos olhos a realidade dos jovens migrantes, seus rastros de busca, dificuldades, conquistas e expectativas. Com o pé na estrada, sonham com um mundo novo. É um grande desafio – e de suma importância – voltar nossa atenção para estes que começam a dar passos decisivos para suas vidas. Não raro, o caminho dos nossos jovens é determinado pela força de circunstâncias adversas. Eles são cheios de potencialidades, porém não lhes são dadas as oportunidades para desenvolvê-las. São atropelados em seu processo de amadurecimento, obrigados a ingressar precocemente na luta pela sobrevivência, forçados a migrar em busca de acesso à educação, trabalho e renda. Submetidos às influências culturais, sociais e econômicas diversas, estampam no rosto, na roupa, no comportamento e na linguagem o esforço para encontrar e garantir o seu espaço, os seus direitos, a tentativa para adequar-se ao meio que lhes é estranho e, ao mesmo tempo, conservar a própria identidade. Carentes de afeto, lazer e assistência e com nível precário de escolaridade, os jovens se sentem confusos, perdidos, sem um sentido ou motivação profunda para viver.

Passo na estrada é trilhar o percurso rumo à sociedade do Bem viver, ou seja, viver em harmonia entre nós e com o lugar onde vivemos. Nessa jornada, o engajamento de nossos jovens é indispensável. É preciso, pois, despertar em seus corações o desejo e a coragem para a participação na sociedade. Ampliar e qualificar sua presença nos espaços de deliberação e controle social das políticas públicas. Os jovens, com todo o potencial de renovação e ousadia, poderão suscitar ações diferenciadas que rompam com as desigualdades sociais que persistem em nossa história.

“Ei mundo jovem…Quem não quer viver a liberdade de um jovem? Quem não quer viver sem preocupar-se com a morte? Então não ignore. O mundo chora quando chove só você não vê, e insiste em perder sua juventude. Está dentro de você sua virtude, é poder escolher. Então mude pelo o bem, não seja rude”.  (Negra Li)

Irmã Ana Paula Rocha

Missionária e Formadora – Scalabriniana, Roma- Itália.