EMBAIXADOR DA ALEGRIA A DA PAZ A SURPRESA DO PALHAÇO XIMBICA

EMBAIXADOR DA ALEGRIA E DA PAZ

A SURPRESA DO PALHAÇO XIMBICA

E de repente, no Programa Caminhos, que fazemos pela TV Claret aos sábados, às 7h30, entra o querido Padre Cândido imitando o Palhacinho Ximbica, que era a alegria das crianças. Dizem que era o palhaço mais adorado pela gurizada.

Perguntamos ao Padre Cândido, que entrou no cenário imitando o tal comediante:

– Quem era o Palhacinho Ximbica?

E o anjo alegre, como o chamamos no Programa Caminhos, respondeu olhando para o Padre Inácio:

– É o anjo da bondade, o Padre Inácio.

O apresentador fica admirado e apenas diz:

– O Padre Inácio, nosso amigo? Ele era o Palhaço Ximbica?

Pe. Cândido logo comentou:

– Deus escolhe seus anjos e nos faz muito feliz.

– Vamos esperar. Na hora do seu quadro de entrevistas, o padre Inácio nos contará esta bela história.

Depois do programa, Padre Inácio, que completa 16 anos de sacerdócio, nos conta que quando jovem trabalhou como Palhacinho Ximbica. Vivia alegrando as crianças em festas infantis. Um belo dia, iluminado por Deus, resolveu que queria levar não somente sua alegria e bondade para as crianças, mas também a palavra de Deus.

Outro padre que veio de uma família circense é o Padre Paulo Sérgio, orionita, da Achiropita de São Paulo. Seu pai era artista de circo e até nossos dias, o Pe. Paulo faz da arte um dos instrumentos de sua evangelização. Quando encena  ou ensaia as crianças, a arte eclode.

É muito simples, pois a vocação do sacerdócio vem de todos os cantos e sobre tudo dos meios mais humanitários. Assim a tendência à violência, estimula algumas profissões, a tendência ao roubo motiva outras profissões, a tendência à dedicação aos irmãos pode motivar outras vocações. Em outras palavras, a gente procura oficializar a profissão que responde aos nossos próprios estímulos e tendências interiores.

O sacerdote deve ser alguém que tenha compaixão. Não pode ser alguém que quando vê uma pessoa sofrendo pensa: como posso fazer para ganhar dinheiro em cima dela? Ao contrário: como posso fazer para diminuir sua dor, mesmo sem lucro.

Nosso programa na televisão é um grande momento para nós. Com alegria e seriedade, como a vocação do Pe. Inácio, irmão da Jô Rossini, sua inspiradora, levamos a Palavra de Deus, anunciamos as coisas maravilhosas, denunciamos os  abusos da política e evangelizamos. Ouvimos as entrevistas e comungamos com os outros padres encantadores, os quais se apresentam com suas mensagens de fé e esperança. Precisamos estar do lado dos mais humildes,  hoje tão espoliados pelos mercados e pelos nossos políticos. Imagine o conselho de ética… imagine se fosse o conselho de guerra!!!

Uma vez que não somos palhacinhos adoráveis como o Padre Inácio foi quando era um rapaz, somos, hoje, os portadores das notícias que todos devem saber. Por  isso devemos falar, pois faz parte de nossa fé abrir os olhos para denunciar nomes e condutas do que o povo está passando e sofrendo no país e na cidade, onde nos tornamos pagadores de impostos para os governantes e políticos brincarem com as verbas públicas.

Assim com pessoas que nos trazem a bondade, como o Padre Inácio, a alegria como o Padre Cândido e a sabedoria como o Padre Bogaz, este mundo fica bem melhor. Somos os portais da paz e dos caminhos da justiça.

O palhaço Ximbica nos apresenta como um despertar para a vocação. Quando  tira a roupa de palhacinho, seu nariz vermelho, seu chapéu ou sua cartola mágica, está pronto para ser recebido no seminário. Foi estudar e se tornou mais um a bom sacerdote. Não importa suas vestes, o que importa é fazer o bem em sua profissão.

Padre Inácio, como os demais sacerdotes, nos ensina que o mais importante na vida de nossos jovens é descobrir que somos evangelizadores, como o Palhacinho Ximbica que onde estiver estará evangelizando. Importa é dedicar a vida a fazer o bem. Esta é a grande diferença em nossas vidas.

 

Pe. Antônio S. Bogaz (orionita), doutor em Filosofia, Liturgia e Sacramentos e

Teologia Sistemática – Cristologia

Prof. João H. Hansen, doutor em Literatura Portuguesa e

Ciência da Religião e Pós-doutor em antropologia