ENTRE MERCENÁRIOS E VOLUNTÁRIOS
Estávamos no carro com o Padre Everson do Abrigo São Vicente. Conversa vai, conversa vem, ele perguntou qual o tema da crônica desta semana. Antes que respondêssemos, ele simplesmente disse:
– Vocês precisam falar dos Voluntários. Esta semana é dedicada a eles.
– Uma boa ideia – falamos.
– Eu me sinto muito orgulhoso dos nossos voluntários do Abrigo – disse o Pe. Everson. Faça frio ou calor – e olhe que tem feito muito frio – eles lá estão na cozinha, atendendo os moradores ou ajudando nas festas. Se não fossem eles não sei como faríamos., com estas verbas tão pequenas dos órgãos públicos.
Nos lembramos que é o mesmo sentimento que temos em relação aos voluntários da Paróquia Nossa Senhora da Saúde e de todas as paróquias. Eles estão em todos os momentos se dedicando aos trabalhos, como voluntários. E não são poucos. Cada capela, cada promoção, cada atividade promocional, estão a postos os voluntários. Nas festas dedicam-se longas horas com grande dedicação. Basta pensar na Festa Italiana. São centenas de voluntários.
Conversamos ainda longamente sobre os nossos voluntários, que são verdadeiramente enviados por Deus, para ajudar àqueles que necessitam.
Começamos então a pensar em alguns deles, que estão de certa maneira ligados como voluntários. Parecia uma ladainha de todos os santos, tantos voluntários, gente de Deus. É impossível nomear todos eles. Falamos da Dona Cida, que é da Goretti, do Abrigo, da Festa Italiana, do Bom Jesus e de todos os lugares onde é solicitada. Recordamos outros bons servidores dos irmãos, como o Roberto e Terezinha Meyer, Geraldo e Leonor , Pedro e Ana Rita Evangelista , Silvio e Cida Govone, Rogério e Valéria Saenz, Marquinho Muniz e Suely, Jefferson e Fátima Fernandes, Vado e Nanci Bissoli, Paulo e Janaina Covre, Rubens e Vânia, Zé Luiz e Soninha Zanão.
– Pare, disse o Pe. Everson. Esta lista não tem fim. A lista dos voluntários não tem fim.
Vamos também considerar voluntários o grupo dos cinco que lutam pela festa italiana todos os anos, o incansável batalhador Sr. Lincoln e D. Silvia, Carlos e Siomara, João e Eliane, Arena e Fátima e Marquinho Cecato e Silvia.
E a garotada maravilhosa? Joyce, Maria, Murilo, Gustavo, Vitor, Lucas, Luís, Matheus e tantos outros.
E os da melhor idade? Daí não vai ter crônica que basta, mas lembrando da D. Tereza da Nanci, D. Terezinha, D. Cidinha e …. Imaginem o Centro de Convivência dos Idosos sem a Dona Sirlei, a Sonia Beccaro, a Maria do Adelino.
– Ei, não vai falar do Mário Sergio e a Maria?
– Vai esquecer a Celia e o Armando, e o Itacir com a Maria.
– Meu Deus, ia me esquecendo da Maria Helena do Delique. Desde os primeiros dias do Centro dos Idosos estava na labuta.
– E a Maria Helena Romualdo… Nem se fala!
E os trintões, quarentões, cinquentões, não dá para recordar a todos. Todos são maravilhosos. Apenas queremos dizer que graças aos voluntários, as nossas obras sociais sobrevivem e fazem maravilhas. Corremos muito, todos participam da empreitada e certamente Deus fica muito contente. Eles ouviram o convite de Deus para servir os irmãos.
Ser voluntário é doar seu coração. Como dizia o Carlinhos da Rose: “ser cristão ´ser voluntário” Fazer da vida uma suave oferenda.
Ser voluntário é trabalhar incansavelmente por uma boa ação, é acordar na manhã com o propósito de fazer o bem.
Ser voluntário é caminhar sob o luar, sentir que faz o bem ao seu irmão,
Como o bom samaritano vai cuidar e servir o irmão como bom cristão.
A você que talvez não encontra tempo para servir gratuitamente, pense que a vida é feita de generosidade. Sua vida é dom gratuito de Deus.
E você que não faz um gesto sem cobrar dinheiro e às vezes tão caro e injusto, pense que Deus te deu a vida sem nada cobrar.
Enquanto tantos nada fazem sem cobrar algo em troca, os voluntários nos ensinam que a grandeza de um ser humano não está no dinheiro, mas na doação de seus bens. Fuja da ganância, ela é obra do mal.
A todos os voluntários desta cidade, muita paz e alegria, que Deus abençoe seus gestos e te recompense na terra e no céu.
Pe. Antônio S. Bogaz (orionita), doutor em Filosofia, Liturgia e Sacramentos e
Teologia Sistemática – Cristologia
Prof. João H. Hansen, doutor em Literatura Portuguesa e
Ciência da Religião e Pós-doutor em antropologia